A trilha sonora também não deixa nada a desejar aumentando de forma significativa toda a tensão que o filme traz, e por falar em tensão, o filme é tenso desde o seu início, o personagem Arthur Fleck (Joachim Phoenix) nos traz esse constante estado de apreensão, afinal, sabemos o resultado final de seu personagem, porém a construção do mesmo durante todo o longa é perturbadora, o personagem de início já se mostra com problemas psicológicos que apenas vão se agravando com o passar do longa até o momento em que Arthur Fleck chega ao seu limite, destruído por todas as infelicidades que a vida lhe acometeu, transformando-se lentamente no Coringa.
Olá meus queridos leitores do Galáxia Nerd, aqui é o Hazumi e trago a vocês a crítica SEM SPOILERS do mais novo filme da DC, Coringa.
Primeiramente vale ressaltar que esse filme não faz parte do universo de filmes da DC (DC Extended Universe), é um filme a parte e não compõe esse universo de filmes compartilhados, certo?
Primeiramente é necessário destacar a atuação excelente de Joachim Phoenix, que não mais, não menos, nos trouxe o personagem à vida, duvido muito que algum outro interprete do Coringa consiga transmitir tudo que o Joachim Phoenix transmitiu, desde a risada extremamente dolorida até as mudanças entre uma feição e outra, que compõe todo o personagem.
A fotografia do filme está maravilhosa, trazendo um tom dessaturado. A Gotham CIty apresentada no filme lembra uma Nova York da década de 80, suja e caótica.
Não espere um filme de anti-herói como Venom, e Deadpool, não espere ver um filme cheio de momentos de ação e momentos clichês já cotidianos em filmes do gênero, Coringa deve ser encarado como uma Obra Única, uma construção de personagem sem igual até o momento, o filme tem seus momentos com uma ou outra tomada mais agitada, mas a atmosfera em si consiste dos poucos momentos de Arthur Fleck até ser sugado por todo o caos e infelicidades da vida.
Em seu ato final, Joachim nos entrega um Coringa extremamente perturbado, ainda entendendo e reconhecendo toda a sua grandeza em meio ao caos do mundo, e aceitando por fim todo o próprio caos.
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