Análise de Battlefield V
As franquias mais populares de FPS seguiram caminhos bem diferentes neste ano. “Call of Duty” focou bastante no multiplayer online, abrindo mão da campanha para um jogador. Enquanto Battlefield manteve a receita do passado, trazendo conteúdo single-player e um multiplayer robusto.
A abordagem tradicional e mais a temática de Segunda Guerra mundial são elementos que passam ao jogador a sensação de um game que não quis se arriscar. Porém, vale lembrar que ainda vem por aí modos inéditos como o battle royale chamado de “Firestorm”, no entanto, o que vamos avaliar aqui é o conteúdo lançado até o momento.
Campanha
Neste quesito o jogo seguiu exatamente a mesma fórmula do seu antecessor. Ou seja, é um modo que tenta envolver mais o jogador mesclando a história da guerra com experiências mais pessoais que ocorreram durante o período, e que são divididas em capítulos. A diferença desta vez é que não se trata da Primeira Guerra Mundial e sim da Segunda. E isto tudo é ruim? Não. O problema é que a campanha de “Battlefield V” não consegue fazer isso tão bem quanto a de “Battlefield 1”. Até existem alguns momentos de brilho, mas infelizmente são raros.
O primeiro capítulo é sobre um ex-detento que em troca da sua liberdade aceitou entrar em batalha no norte da África. Já no Segundo, o jogador será uma mulher que é membro da resistência norueguesa que tem como principal objetivo libertar sua mãe e fugir com planos que podem mudar o rumo da guerra. E por fim, no terceiro temos um soldado senegales e seus colegas de confronto que são alvos de racismo, e juntos eles defendem o exército da França.
No primeiro e terceiro capítulos temos uma abordagem mais padrão com ação frenética e poucos momentos de stealth. Enquanto no segundo a proposta é totalmente voltada para o estilo furtivo, infelizmente essa escolha não deu muito certo, principalmente por conta do jogo não te dar muitas opções e ferramentas para agir furtivamente com sucesso durante a jogatina, assim resultando em mais frustrações do que diversão. Vale lembrar que novos capítulos serão adicionados, o primeiro já chega dia 4 de dezembro.
Multiplayer
É um fato que a franquia foi criada com foco no multiplayer online e que sempre se destacou nesse sentido, seja por fazer o jogador se sentir em uma verdadeira guerra, ou por exigir que o mesmo cumpra objetivos e não saía por aí apenas matando inimigos.
Lembre-se que o ideal é andar em equipe e dividir tarefas entre vocês. O resultado dessa cooperação trará mais diversão e maiores chances de vitória. Então, dar uma de “lobo solitário” não é a melhor opção, em razão de possíveis frustrações.
Um ponto que merece atenção são as classes do jogo. Elas continuam sendo as tradicionais que conhecemos, porém, com novas especializações que deixam cada uma ainda mais única. A classe médica por exemplo oferece duas opções, médicos de campo: tem como principal objetivo curar e reanimar colegas de batalha, e os médicos de combate: correm mais rápido quando estão feridos e tem golpes mais eficientes.
Sobre os modos de jogo: temos o dominação, mata mata em equipe, linha de frente e conquista, mas o grande destaque é o modo Operações Grandiosas. O mesmo é como se fosse uma evolução da modalidade Operações de “Battlefield 1”, nelas o jogador segue uma sequência de eventos que mesclam modos distintos, o mais interessante é que cada parte do conflito pode influenciar o andamento da próxima fase em uma partida de Operações Grandiosas. Vale ressaltar que as mudanças dinâmicas no cenário ajudam a tornar esse modo um dos mais empolgantes do game até o momento.
Outro detalhe é a simulação balística das armas que passou por alterações. Agora é mais fácil de acertar tiros nos adversários, mas nada que chegue no nível de “Call of Dutty”. As balas ainda sofrem o efeito da gravidade, edificações são destrutíveis…
Os mapas em sua maioria são excelentes e funcionam bem. Entretanto, alguns se mostram pequenos para abrigar modos como conquista, assim resultando em um experiência caótica demais.
Parte técnica
Em questões de efeitos sonoros, “Battlefield V” continua o legado da franquia dando um show de qualidade nesse sentido. Experimente colocar a opção “Fones de Ouvidos 3D” usando um headset bom, a experiência de áudio será surreal.
A campanha foi bem otimizada para o PC, Xbox One X e PS4 Pro, em compensação os modelos básicos dos consoles não foram. Consequentemente os usuários dessas versões vão sofrer com uma qualidade gráfica bem abaixo do esperado, principalmente se formos comparar com “Battlefield 1”. Há mais serrilhados, pequenas quedas de frame e bastante problemas de texturas que vão desde carregamentos até à baixa qualidade de resolução das mesmas. Esses problemas de texturas não ocorrem com objetos, e sim com: a ambientação, vegetação, o chão, montanhas e por aí vai.
Mas e o multiplayer? Podem ficar tranquilos, que ele foi bem otimizado para o PC e todas as versões de consoles. Em vista disso o online entrega o que se espera dele em questões técnicas.
Então não há bugs? Apesar de tudo, existem sim. Durante o modo história houve um momento bem cheio de ação em que a tela ficou totalmente preta repentinamente, também ocorreu diversas vezes da IA (inteligência artificial) desligar, isto significa que o inimigo simplesmente fica parado. A física do game ocasiona em todos os modos de jogo alguns momentos bem bizarros. Logo abaixo é possível conferir vídeos que demonstram respectivamente os exemplos citados acima:
Ficha técnica
- Desenvolvedora: DICE
- Distribuidora: Electronic Arts
- Lançamento: 20 de novembro de 2018 (PC, Xbox One e PS4)
- Gênero: FPS
[wp-review id=”26922″]
Qual a sua opinião?