A Era de Ouro dos Super-Heróis Nacionais
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A Era de Ouro dos Super-Heróis Nacionais

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O Começo

Quem foi o primeiro super-herói das Revistas em quadrinhos Nacionais? O Príncipe Oscar? O Príncipe Gilberto? Ambos publicados pela revista O Tico-Tico, ou outro personagem?

Bom, o assunto ainda é bastante discutido entre  estudiosos e pesquisadores das HQBs, Porém, em minha humilde opinião, os personagens citados não possuem características de um Super Herói moderno, ambos unem bem mais elementos de fantasia.

O primeiro Super-Herói Moderno (Das HQBs) surgiu apenas em 1954 nas telinhas da TV Record.

Sim! O primeiro grande super-herói das revistas em quadrinhos brasileiras surgiu na TV.

E só em 1959 foi adaptado para as HQs pela Editora Continental. Iniciando assim a Era de Ouro do Super Heróis Nacionais.

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Disse e repito: Para mim, a década de 1960 marcou o início da Era de Ouro dos super-heróis Brasileiros.

O Capitão 7 foi criado por Rubem Biáfora e interpretado (na TV) pelo ator mineiro Ayres Campos, O seriado ficou no ar até 1966 (12 anos).

O programa estreou em 24 de setembro de 1954. A princípio, o seriado era realizado ao vivo e depois de um certo tempo gravado.

O número “7” é uma alusão ao canal onde a emissora pode ser sintonizada em São Paulo.

A HQ do Capitão 7 teve início em 1959 pela editora Continental/Outubro. Sendo desenhado por Jayme Cortez, Júlio ShimamotoGetulio DelphimJuarez Odilon, entre outros artistas. Com roteiros de Helena Fonseca, Hélio PortoGedeone Malagola.

Com o sucesso da série de TV “Capitão 7”, a fábrica de brinquedos Estrela resolveu investir num super-herói próprio, uma espécie de garoto-propaganda. Surgiu assim, na TV Tupi do Rio de Janeiro, num horário diferente, o “Capitão Estrela”.

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O novo herói virou, além de televisivo, também uma propriedade multimídia, chegando inclusive a ganhar seu próprio título de quadrinhos no ano de 1961, na revista “Fantasia”, editada pela mesma editora Continental do “Capitão 7”, inclusive com os mesmos desenhistas (liderados por Jayme Cortez).

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O Flama de Deodato Borges

Esse herói, assim como o capitão 7 e outros personagens, apareceu pela primeira vez numa popular novela radiofônica, “As aventuras do Flama”, em 1961

Transmitida pela Rádio Borborema, de Campina Grande, e outras emissoras nordestinas, como a Rádio Clube de Pernambuco e Ceará Rádio Clube. O vigilante mascarado combatia o crime e tinha como coadjuvantes seu inseparável amigo Zico, o hiário Bolão, a noiva Eliana e o comissário Laurence.

Aproveitando o sucesso do programa, os realizadores lançaram, em março de 1963, uma revista em quadrinhos — na verdade, uma revista histórica, pois “As aventuras do Flama” é considerado o primeiro gibi da Paraíba.

Em 1965, Gedeone Malagola lançou seus principais personagens: Raio Negro, Homem-Lua e Hydroman.

Já em 1967, foi a vez de Fantar (considerado o primeiro anti-super-herói brasileiro) de Milton MattosEdmundo Rodrigues. – Todos lançados pela Editora GEP (Gráfica & Editora Penteado) fundada por Miguel Penteado e Luiz Vicente Neto.

Em 1966, a Editora Taika lançou “O Escorpião” e no ano seguinte (1967), lançou o “Bola de Fogo – O Homem do Sol” Ambos criados por Wilson Fernandes

Também em 1967, Altair Gelatti criou o “Homem Força” na revista Albatroz, na cidade de Caxias do Sul, RS. Altair Gelatti era o diretor, o gerente, o redator, o escritor e o desenhista da revista.

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X-Man,criado por Eugenio Colonnese (Também)em 1967-Único super-herói brasileiro publicadoem cores, foi editado em tabloide, publicado no Suplemento em Quadrinhos, de número 3.

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Em maio de 1967, a Editora Taika lançou, também, a primeira edição de Mylar, criação de Eugenio Colonnese. Os roteiros ficaram a cargo de Luís (Meri) Quevedo. Mylar foi republicado em 1991, pelo Cluq (Clube de Quadrinhos)

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Um dos destaques de 1967 foi o Golden Guitar

Para aproveitar a “onda” da Jovem Guarda e para substituir a série Archie, que tinha dificuldades de importar dos Estados Unidos, a editora paulistana Graúna, formada por uma equipe do “Jornal da Tarde”, resolveu lançar um super-herói que encarnasse aquele espírito dos simpáticos “teenagers”. Golden Guitar era um herói mascarado de uniforme no estilo mod-londrino.

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Não podemos esquecer de “O Homem Fera” criado em 1968.  Este foi uma publicação, também, da Editora Graúna, pela revista Aventurama, com desenhos de Rodolfo Zalla e Rubens Cordeiro.

E fechando a “tríade Graúna”:

Místyko criado por Percival de Souza e Rubens Cordeiro. Teve dois números em 1968. (Publicado Também, claro, pela Editora Gaúna).

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Outro Super-Herói que não poderia faltar nesse artigo é o: Visg, que foi publicado em 1968 em uma única edição, “Visg nº1” pela Editora Jotaesse.

A arte original da primeira publicação foi assinada por M.R. Candia.

Também no ano de 1968, a Editora Edrel lançou nas bancas o primeiro número de Pabeyma – de uma série de 04 edições em formato americano, preto e branco, 34 páginas). Criação de Nelson Ciabattari y Cunha e ilustrada brilhantemente por Paulo I. Fukue.
Este, a propósito, já havia desenhado dois heróis para esta mesma editora: Tarun e Super Heros (também conhecido como Heros, outra criação interessantíssima).

Antes, Pabeyma foi publicado como tira por Nelson Cunha entre 1964 e 1965.

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E fechando a década…

Exatamente no final de 1969, a EBAL, por conta do cancelamento da Revista do Judô-Master (personagens da Charlton Comics nos EUA), encomendou a Pedro Anísio e Eduardo Baron um novo herói brasileiro: o artista marcial mascarado Judoka. O personagem tinha roteiros escritos por Pedro Anísio e desenhos de Eduardo Baron, Mário José de Lima, Fernando Ikoma e Floriano Hermeto de Almeida Filho. Em 1973, foi adaptado para os cinemas em um filme estrelado por Pedro Aguinaga e Elisângela; apesar do filme, a revista do herói foi cancelada no mesmo ano.

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Sem entrar muito em detalhes, nós conseguimos exemplificar aqui esse momento impar (que merece ser lembrado) no mercado nacional de HQs de super-heróis.

Contribua com o nosso conteúdo nos comentários! 😉

– Artigo feito em parceria com a comunidade Universo HQB.

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