MOBILE REVIEW – Diablo Immortal é uma Tragédia? Confira Nossa Review

Diablo Immortal em 2025 é uma Tragédia ?

Diablo Immortal em 2025 é uma Tragédia ? – Diablo Immortal é um MMORPG mobile (Massively Multiplayer Online Role-Playing Game) desenvolvido pela Blizzard Entertainment em parceria com a NetEase. Ambientado entre os eventos de Diablo II e Diablo III, o jogo explora a queda do Arcanjo Tyrael e a busca pelos fragmentos da Pedra Mundial, que ameaçam corromper o mundo de Sanctuary. Com jogabilidade clássica da série, combate intenso, coleta de loot e habilidades personalizáveis, os jogadores escolhem entre classes como Cruzado, Necromante ou Caçador de Demônios, explorando masmorras, enfrentando chefes épicos e cooperando com outros jogadores em tempo real.

Quando Diablo Immortal foi anunciado na BlizzCon 2018, a reação dos fãs foi extremamente negativa e viralizou como um dos momentos mais controversos da história da Blizzard. Os jogadores esperavam o anúncio de Diablo IV ou uma expansão para Diablo III, mas a revelação de um jogo mobile em parceria com a NetEase (empresa conhecida por títulos free-to-play) gerou frustração imediata. A plateia do evento reagiu com silêncio constrangedor e perguntas críticas, como “Isso é uma piada de abril?”. Um vídeo emblemático mostra um desenvolvedor respondendo às críticas com “Vocês não têm celulares?”, frase que se tornou símbolo da desconexão entre a empresa e seu público tradicional, acostumado a jogos PC/console.

Tailer e Sinopse

Na saga de Diablo, a humanidade é a prole descendente de anjos e demônios que fugiram do Conflito Eterno entre os dois grupos, roubaram um artefato de criação extremamente poderoso, a Pedra do Mundo, e criaram seu próprio refúgio, um mundo chamado Santuário. O sucesso de Santuário foi dúbio: a humanidade ainda vive, mas seu lar não é um lugar muito agradável de se morar.

No fim de Diablo II: Lord of Destruction, o senhor demoníaco Baal corrompeu a Pedra do Mundo na esperança de envenenar a todos e a tudo que seu poder houvesse tocado. Antes de Baal terminar o trabalho, porém, um grupo de heróis o derrotou, e o Arcanjo Tyrael cravou sua espada, El’druin, no coração da Pedra do Mundo danificada. A explosão lançou fragmentos da Pedra do Mundo, ou seja, o próprio poder criador, para todos os lugares. Perder o objeto que criou o mundo e sustentou suas pessoas tem muitas ramificações.

Enredo

Apesar de ser um MMORPG, nosso game em pauta possuí uma boa história que deriava de toda uma franquia. O enredo de Diablo Immortal se passa entre os eventos de Diablo II e Diablo III, após a destruição da Pedra do Mundo, um artefato crucial para conter o mal em Sanctuary. Com a proteção da Pedra despedaçada, entidades ancestrais como Skarn, o Arauto do Medo, ressurgem para explorar os fragmentos remanescentes, ameaçando mergulhar o mundo em caos. A história acompanha os jogadores em sua missão para conter esses fragmentos e impedir que forças malignas, como demônios e cultistas, dominem Sanctuary. Paralelamente, a narrativa explora a luta dos habitantes desse mundo, destacando a cidade de Hespéria, um dos últimos redutos de estabilidade, que tenta resistir à escuridão crescente.

Apesar dos esforços para conter o mal, cinco anos após a destruição da Pedra do Mundo, Sanctuary continua em desespero, com inimigos ancestrais reunindo fragmentos do artefato para seus próprios planos. A atualização Shattered Sanctuary (2024) revela que a história está longe do fim, com o retorno de personagens-chave e novas ameaças ligadas ao título do jogo.

Gameplay

Lançado em 2022 para Android, iOS e posteriormente para PC, o jogo é free-to-play, mas gerou controvérsia por seu modelo de monetização agressivo, baseado em microtransações para acelerar progressão ou obter itens raros. Apesar das críticas ao sistema “pay-to-win”, destacou-se pela adaptação sólida da experiência Diablo para dispositivos móveis, com gráficos impressionantes e mecânicas de jogo fluidas, atraindo tanto fãs da série quanto novos jogadores em busca de um RPG online acessível.

Diablo Immortal surpreende com a diversão proporcionada em sua gameplay. A obra é um misto entre o terceiro e o quarto game da franquia em sua jogabilidade, trazendo dinamismo, agilidade e uma boa adaptação aos controles touch tão clássicos nos celulares (o game aceita controles e isso deixa a gameplay ainda melhor).

Andar e atacar ao mesmo tempo é algo que ajuda muito a enfrentar as ordas, todavia, não ter um bom esquema de esquiva como em Diablo III deixa o game um pouco truncado, fazendo com que, para se esquivar, seja necessário correr dos inimigos e depois voltar para atacar ou andar em circulos. Claro, é possível se adaptar a tal questão da esquiva, mas visto que, Immortal saiu depois que DIII, imaginávamos que teriamos uma esquiva melhor, mas o contrario ocorreu, até no quarto game da série, a esquiva foi alterada.

A imersão em um mundo online desta franquia, nos moldes padronizados de MMORPG Mobile é ótima. As missões, desafios e passes de batalha, apesar de confusos no início, com o tempo, se tornam bem interessantes. Trabalhar em grupo também pode ser uma boa aventura para quem curte jogar com os amigos e realizar os complexos desafios em algumas dungeuns, ou seja, o game em pauta tem muito a oferecer, mesmo que não seja perfeito, mas todo o repúdio apresentado pelo público em sua divulgação, hoje, é convertido em louros.

Audio Visual

De modo geral, o game apresenta bons gráficos, com elementos visuais vindos tantos de Diablo 2 quanto Diablo 3. A obra traz um tom gótico e escuro, com foco e brilhos especialmente nas cores vermelhas, azuis e amarelas, trazendo um toque “gore”. Assim como no PC, quanto melhor o equipamento mobile, melhor será sua experiencia, rodar o título no máximo traz uma experiencia melhor em todos o sentidos, mas jogar em configurações baixas ou padrão não prejudicará a gameplay, apenas deixa menos profundo na sensação visual.

O trabalho sonoro é interessante, com sons de esmagamento, explosões, monstros gritando e tudo que a franquia sempre ofereceu, sem nada sensacional, mas com um bom padrão. O que pode ser incomodo é o fato de que, em alguns lugares onde muitos players estão caçando, pode haver uma certa poluição sonora, mas isso é esporadico.

Fim da Aventura

Immortal foi melhorando com o decorrer dos anos, e hoje é um bom MMORPG Mobile. Sua temática traz toda a essencia de Diablo, uma gameplay empolgante e bons gráficos trazem diversão aos players. A obra não deve em nada aos seus títulos “canonicos”, mas sim, agrega uma plataforma diferente a um mundo que sempre foi focado em PCs e consoles.

Dar uma chance a este game é fundamental para amantes de Hack’n Slash em geral e para curiosos que se atraem pelo tema e pano de fundo. Aos hard players da franquia, vale a pena olhar com amor para mais este game, a Blizzard não brinca em serviço e vem buscando apromorar a obra para que possa ser apreciada por todos.