Como a Epic Games perdeu seu próprio Counter-Strike e criou o Unreal Engine
Como a Epic Games perdeu seu próprio Counter-Strike e criou o Unreal Engine
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Como a Epic Games perdeu seu próprio Counter-Strike e criou o Unreal Engine

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Para quem está acostumado com a indústria de videogames, sabe que várias desenvolvedoras possuem um shooter para chamar de seu. Esse estilo de jogo, que está em baixa no momento quando se fala de produções AAA, já foi uma tendência no mercado. Através da internet, é possível estudar a respeito dessas desenvolvedoras, principalmente pela vasta quantidade de entrevistas e artigos. Isso nos leva ao fato de que empresas como Blizzard e Valve tiveram aliados incomuns durante a história.

Epic Games teve a chance de ter seu próprio shooter

Como a Epic Games perdeu seu próprio Counter-Strike e criou o Unreal Engine
Como a Epic Games perdeu seu próprio Counter-Strike e criou o Unreal Engine

Mas o que isso tem a ver com shooters? Resumidamente, James Schmalz fundou a Digital Extremes em 1993 após um sucesso em colaboração com Tim Sweeney, que na época comandava a Epic MegaGames. Essa colaboração trouxe um dos motores mais renomados e utilizados no mundo dos jogos, o Unreal Engine.

Em 1994, James Schmalz estava aproveitando os frutos do Epic Pinball e trabalhando em dois novos projetos. Um deles era um shooter em 3D que foi compartilhado com Cliff Bleszinski, criador de Gears of War. Naquele momento, o gênero de tiro em primeira pessoa era uma novidade, e foi aí que Tim Sweeney entrou em cena. O fundador da Epic Games ofereceu os recursos necessários para tornar o projeto uma realidade. Sweeney sempre gostou de criar ferramentas para auxiliar em projetos, e não foi diferente com o shooter de James, disponibilizando um editor de níveis que eventualmente se tornaria a série Unreal.

O jogo foi um sucesso e Tim Sweeney passou a licenciar o motor de Unreal, que ficou conhecido como Unreal Engine. Essa foi uma ideia revolucionária, pois até então, a maioria dos estúdios precisava investir muito tempo e dinheiro para desenvolver seus próprios motores gráficos.

Mario Goméz, escritor do site 3djuegos, questiona o que teria acontecido se Unreal Tournament tivesse continuado nas mãos da Digital Extremes. Ele compara com o caso de Counter-Strike, que surgiu como um mod e foi capitalizado pela Valve. Mario especula se a Epic poderia ter feito o mesmo, tirando a Digital Extremes da Leyou.

No entanto, a Epic Games decidiu abandonar o desenvolvimento do último Unreal Tournament para se concentrar no Fortnite, uma escolha que se mostrou acertada. Paralelamente, a Digital Extremes também obteve sucesso com Warframe. Segundo Mario Goméz, se Cliff Bleszinski tivesse assumido a liderança de Unreal Tournament, poderíamos ter hoje uma maior variedade de opções de shooters, além de Counter-Strike, Call of Duty e Halo Infinite.

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