SICK-LIT na Bienal neste domingo: escritores usam drama, romance e emoção para encantar jovens leitores
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SICK-LIT na Bienal neste domingo: escritores usam drama, romance e emoção para encantar jovens leitores

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Um dos maiores desafios de um escritor é se conectar com seus leitores. Esse objetivo se torna mais difícil ainda quando trata de temas científicos, ligados à área de saúde e outros de domínio mais restrito. O sucesso de obras que abordam assuntos complexos com o pano de fundo de dramas e romances tem mostrado, no entanto, que esse pode ser um bom caminho para se chegar ao público que não é especialista no assunto.

Esse formato alcançou tanta projeção que já virou uma categoria literária: o sick-lit, um gênero no qual o personagem principal sofre com alguma doença de natureza física ou psicológica. Como, em boa parte dos casos, as histórias de amor envolvem jovens, esse tipo de obra tem feito sucesso junto a esse público.

Um dos maiores sucessos literários dos últimos anos, A Culpa é das Estrelas é um autêntico representante do gênero sick-lit. A obra, que vendeu sete milhões de exemplares em todo o mundo, conta a história da jovem Hazel, uma paciente que tem câncer desde os 13 anos e que, aos 16, já se encontra em estado terminal. Nessa época, Hazel conhece Augustus Waters em um grupo de apoio a crianças com câncer. Os jovens se apaixonam e começam uma história que se divide entre o drama de paciente e o amor que sonham viver.

A neurocientista norte-americana Lisa Genova também ganhou projeção e destaque no mercado literário ao entrelaçar temas científicos e literatura. Em seu best seller Para Sempre Alice, ela traz ao grande público o drama de quem sofre do mal de Alzheimer. Lisa, por sinal, estará neste domingo, dia 8, Na Bienal do Livro. Ela vai abordar, às 11h, na Arena #SemFiltro, o tema Neurociência e Narrativas.

Ao lado da escritora norte-americana, para também discutir o assunto, estará o neurocientista brasileiro Sidarta Ribeiro. O especialista, que tem uma extensa obra sobre os sonhos, há muito lida com o desafio de buscar a linguagem mais adequada para abordar temas complexos, mas importantes de serem conhecidos, de forma acessível ao grande público.

Para Sidarta, usar histórias que poderiam fazer parte da vida de qualquer pessoa como pano de fundo para falar sobre temas ligados à ciência é, sem dúvida, uma ótima estratégia para seduzir o leitor.

“É essencial para um escritor criar pontos de contato. E isso também pode acontecer por meio de histórias, ou narrativas de pessoas que viveram um determinado problema. O importante é aproximar o conteúdo da experiência humana. Uma ciência totalmente abstrata só é de interesse dos especialistas.”

Outro destaque do gênero sick-lit que mobilizou fãs na Bienal, Rachael Lippincott participou do Encontro com Autores no último dia 1º. Ela falou ao público da Bienal sobre A Cinco Passos de Você, lançado por ela em 2019.

O livro conta a história de Stella Grant que, aos 16 anos, sofre de fibrose cística, uma doença genética e crônica que compromete o funcionamento dos pulmões, do pâncreas e do sistema digestivo. Ao conhecer Will Newman, que sofre da mesma doença, ambos se apaixonam, mas não podem se relacionar pois o contato entre eles agravaria ainda mais o quadro da doença.

Rachael Lippincott já tem planos para o próximo livro. E a linha será a mesma. Ela ainda não decidiu os detalhes da nova história, mas já sabe que envolverá a dor da perda de alguém que se ama. “É uma história linda de um garoto, o Kyle, que sofre acidente de carro com a namorada. Ele vive todo um processo de luto e aprende muito com essa jornada”, antecipa Rachael Lippincott, que vê como maior satisfação no formato literário no qual escreve, a possibilidade de informar o público, de forma mais leve, sobre a complexidade e o drama de ter uma doença rara ou passar por um trauma difícil de superar.

“É importante trazer consciência sobre uma doença. E senti que o livro ajuda as pessoas a lidarem com ela. Esse é um momento bom: o de tocar essas pessoas”, disse Rachael.

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