“Homem-Aranha: De Volta ao Lar” chegou aos cinemas brasileiros nessa quinta-feira (6) , e promete colocar uma das maiores franquias do cinema de volta nos trilhos.
Volta por cima
Poucas pessoas imaginavam que, depois de 15 anos, o personagem que mais bateu recordes na década passada, precisaria de um novo empurrão, mas agora da sua criadora, a Marvel.
Para quem não sabe, na década de 90 a Marvel passou por um momento ruim, e acabou licenciando os X-Men (onde Deadpool faz parte) e Quarteto Fantástico com a FOX, Blade com a New Line Cinema, e o Cabeça de Teia com a Sony.
Depois de negociar os personagens, a Casa das Idéias saiu da instabilidade, fez um grande empréstimo para criar o Marvel Studios, e tirar Robert Downey Jr do ostracismo em Homem de Ferro 2008. Este primeiro sucesso deu a Marvel condições de usar seus personagens, quase todo ano, juntado todos numa mesma realidade, chamada de Universo Cinematográfico Marvel (UCM), se aproveitando, inclusive, da popularidade gerada pelas outras produtoras em filmes de super herói.
Com bilheterias que batem US$ 1 bi com bastante frequência, a Marvel atingiu o topo, inclusive foi comprada pela Disney, e tem conseguido resultados muito bons, inclusive em filmes de personagens menos populares.
Nesse mesmo período a Sony atingiu o topo com os filmes do Homem-Aranha, mas desgastou a franquia com um reboot (O Espetacular Homem-Aranha 2012 – 2014), e como sua tentativa não foi bem recebida (não houve um terceiro filme do reboot de 2012), resolveu “tecer” um novo acordo com a Marvel, para colocar um novo Peter Parker ainda no estrelado Capitão América: Guerra Civil 2016, dessa vez colocaria um ator muito jovem (Tom Holland) e ainda meio amador como herói. Deste dia em diante, ficou claro que teria um novo reboot, só não sabíamos o quanto a Marvel colocaria da sua “receita” de roteiro neste novo filme.
Homem de Fero 4 ou Homem-Aranha?
A piada acima foi feita pela próprio ator Robert Downey Jr (Homem de Ferro), mas ninguém duvida, que o peso ele tem em qualquer filme da Marvel, seria um risco muito grande coloca-lo na tela por muito tempo, já que o filme era para cotar uma história do Homem-Aranha.
Todas as aparições dos Vingadores, neste filme são estritamente necessárias, e o Homem de Ferro é sim parte importante do enredo principal, mas o Homem-Aranha é a estrela, faz seu papel como herói, independente do Homem de Ferro.
Podemos afirmar que é um filme do Homem-Aranha, mas toda a graça e leveza dos filmes da Marvel, em uma era pós-Vingadores (1 e 2).
Tom Holland como novo Peter Parker e novo elenco
Tom Holland, como ator é bastante exigido no filme, consegue nos convencer de que é um adolescente, com problemas da idade. O ambiente escolar é muito bem representado e nele o ator realmente nos faz imergir, e responde exatamente aquele pergunta, oque Peter Parker faria se tivesse que escolher entre fazer uma prova, ou salvar a vizinhança.
Todos os atores, menos a atriz Laura Harrier, nos convencem de que são colegas de escola, as brincadeiras, até as maldosas, nos trazem nostalgia desses tempos. Não houve um cuidado para fazer parecer que a Liz Allen, interpretada por Laura Harrier, estivesse como uma aluna por ali, em suas principais cenas, não convenceu muito.
Qualidade do filme em si
Não houve economia nos efeitos especiais, assim como todo o Universo Cinematográfico Marvel (UCM), é bastante suavizado com as cenas reais, até mesmo a destruição provocada pelos confrontos é bem realista.
Na primeira cena de confronto com o Abutre, minha sensação foi de confusão total, é uma cena muito escura, e achei muito rápida, pouco esclarecedora, isso vai contra ao padrão Marvel, onde até as cenas de confronto são bem claras.
Sua trilha sonora é bastante nostálgica, alguns momentos nos remetem ao mesmo estilo dos primeiros filmes do Homem-Aranha, e alguns outros momentos é bem adolescente mesmo.
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