A revista Variety reportou há pouco que a Nintendo pode não conseguir suprir a demanda pelo Switch nesse final de ano. O presidente da Nintendo of America, Reggie Fils-Aime, admitiu o fato durante o Entertainment and Technology Summit, uma conferência realizada pela Variety em Los Angeles, ontem. Reggie declarou que a demanda existe e que a rede de fornecimento da Nintendo está concentrada em supri-la, mas ao mesmo tempo, disse:
Teremos o suficiente para as festas de fim de ano? É nisso que estamos nos concentrando!
Fils-Aime aproveitou sua aparição na conferência para declarar também que a Nintendo é mais do que apenas uma fabricante de games e consoles:
As pessoas pensam em nós como uma companhia apenas de games. Nós nos vemos como uma companhia de entretenimento.
Alguns dos novos esforços da Nintendo fora dos consoles (mas não dos games) inclui seus títulos para dispositivos móveis, como Super Mario Run, que teve mais de 150 milhões de downloads até o momento. A Nintendo pode utilizar o sucesso dele e de outros títulos, como Fire Emblem Heroes e Pokémon Go, como ferramentas de inteligência, pois a empresa pode usar os dados que coleta com através desses games para lançar seu próprio hardware nesses mercados.
Além dos jogos para dispositivos móveis, a Nintendo fechou uma parceria com o Universal Studios para construir parques baseados em suas IPs. Quando indagado sobre a possibilidade de estender essas parcerias a outras empresas para a criação de filmes e programas de TV, Reggie disse que “todas essas opções estão potencialmente na mesa”.
Mesmo assim, Reggie lembra a todos que a companhia já havia se aventurado em outras mídias, com resultados ruins, incluindo o filme Super Mario Bros, de 1993, que “Deve ter o índice de aprovação mais baixo do Rotten Tomatoes“, segundo ele.
A Variety aponta que a Nintendo está aplicando essa abordagem a novas tecnologias, como realidade virtual, mas ainda não está pronta a fazer uso dela. Segundo Reggie, “É uma tecnologia que estamos estudando literalmente há décadas”, mas ele aponta que “Ainda não há muitas experiências com ela que sejam realmente divertidas”.
Realidade aumentada (AR), entretanto, é uma história diferente, ele disse, apontando o sucesso de Pokémon Go. “Nós temos muita experiência com AR. O potencial para AR está aqui e agora.”