A história da produção do anime se inicia no século 20. Os curtas-metragens animados eram feitos Japão.
Qual a origem do anime?
O primeiro anime registrado foi nomeado de Namakura Gatana, transmitido em 1917. Seu autor ,Jun’ichi Kōuchi é referido como o pai dos animes. Só neste ano, Kouchi também produziu Chamebō Kūkijūno Maki e Hanawa Hekonai Kappa Matsuri.
Posteriormente o pai dos animes lançou outras duas obras Eiga Enzetsu Seiji no Rinrika Gotō Shinpei (1926) e Chonkire Hebi (1930).
Outro autor relevante no contexto da criação foi Oten Shimokawa. Ele produziu o primeiro filme de anime chamado Imokawa Mukuzo Genkanban no Maki, também em 1917.

Nessa época, Shimokawa utilizava técnicas consideradas hoje rudimentares como uso de giz ou cera branca em uma superfície escura para desenhar personagens, a técnica de esfregar partes do filme para criar uma sequência animada e a técnica de desenhar com tinta diretamente no filme.
Anime e Guerras Mundiais
As animações japonesas eram fortemente influenciadas pelo momento político e socioeconômico. Durante a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, o próprio governo japonês utilizou das produções como meio de promoção da ideologia da guerra de maneira coercitiva. A obra se chama Momotaro: Umi no Shinpei (1945).
No período Pós-Segunda Guerra Mundial houve então uma reestruturação de base das produções havendo uma grande demanda pro entretenimento tanto para os animes quanto para os mangás.
Osamu Tezuka, o pai do mangá moderno para muitos, foi um grande influenciador neste momento. Com o grande espaço na indústria, Tezuka pôde revolucionar ambas as categorias com novas técnicas de animação e narrativas emocionantes.
Astro boy foi uma de suas obras mais famosas recebendo diversas adaptações até a atualidade. A série foi capaz de estabelecer muitas convenções que mais tarde se tornariam o padrão, incluindo grandes olhos expressivos e temas de ficção científica.

Mais tarde, houve a diversificação de gêneros. Os robôs pilotados por humanos foi fruto deste movimento. Não podemos nos esquecer do clássico Akira (1988) produzido por Katsuhiro Otomo, um marco para animação japonesa.
A narrativa explora temáticas de poder, luta pela sobrevivência, corrupção em meio a uma distopia. Com uma animação detalhada junto de uma narrativa intrigante, Akira conseguiu romper barreiras contribuindo para internacionalização dos animes.

Os animes em outros países
É impossível falar dessa cultura sem falar dos Studio Ghibli.
EHayao Miyazaki e Isao Takahata foram grandes nomes da empresa e produziram filmes aclamados mundialmente com My Neighbor Totoro (1988), Princess Mononoke (1997), e Spirited Away (2001). Este último ganhou o Oscar de Melhor Animação em 2003, trazendo reconhecimento global.
Pokémon, Dragon Ball e Sailor Moon foram os principais a se consolidarem internacionalmente. A partir daí começaram as ser transmitidos em redes de televisão nos Estados unidos, Europa até chegar na América.

O sucesso foi tanto que, na atualidade, já podemos acessa-los em serviços de streaming, como Crunchyroll, Funimation, e Netflix. Essa democratização permite que os fãs assistam episódios simultaneamente com o lançamento no país de origem.
Como o anime influencia a cultura pop?
No Japão, disseminou-se a cultura Otaku. Esta se caracteriza por fãs das animações mangá e videogames. Considerada uma subcultura, ela tem um grande impacto na economia japonesa ao gerar eventos aclamados mundialmente.
Além disso, o sucesso dos desenhos levou a produção de brinquedos, roupas e acessórios licenciados. Os locais descritos nas obras também foram capitalizados e tornaram-se pontos turísticos reconhecidos.
No âmbito global, as séries sofreram adaptações na cultura pop global, gerando videogames e itens de colecionadores. O impacto nas mídias se deu no influência nos filmes de Hollywood como Matrix (1999) e na moda com as convenções de Cosplay por todo o mundo.

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