Review Dragon Ball: Sparking! Zero
Anunciado em 2023, Dragon Ball: Sparking! Zero foi a aposta da Bandai Namco para reunir os fãs mais saudosistas da série Tenkaichi e alcançar novos jogadores que não tiveram a oportunidade de vivenciar uma das melhores épocas para os jogos de Dragon Ball – mas, com o lançamento no último dia 11 de outubro, temos a oportunidade de saber se o jogo cumpre seu propósito de trazer um frescor para a franquia sem apelar apenas para a nostalgia.
Conteúdo
De início, já podemos observar que Dragon Ball: Sparking! Zero é um jogo muito bonito para os padrões do gênero. O game foi desenvolvido na Unreal Engine 5 e tem muitos aspectos de Dragon Ball FighterZ embutidos nele, o que torna a experiência ainda mais imersiva para os fãs do anime, com cenários e localizações bem ambientados.
Antes de falarmos sobre a gameplay, vale ressaltar que Sparking! Zero conta com diversos modos de jogo, lojas de itens, modo online, treinamento de batalha, esferas do Dragão para fazermos um pedido e muito mais. Tudo isso é apresentado com um bonito menu de opções, onde em cada seção é mostrado um grupo de personagens com sua identidade e personalidade muito bem exploradas – eu particularmente achei isso DEMAIS!
Gameplay Dragon Ball: Sparking! Zero:
Dragon Ball: Sparking! Zero é o sucessor de Tenkaichi 3, então temos muitas semelhanças com o jogo original, mas recheado de novidades que a Spike Chunsoft aprendeu nesses últimos anos de desenvolvimento.

As batalhas são muito fluidas, com combos e golpes que já conhecemos, mas que mudam algum detalhe ou outro na execução. Você poderá fazer combos com enorme quantidade de hits e emendar com golpes especiais – o céu é o limite, a não ser que seu adversário seja muito bom em defesa e contra-ataques. Aqui vai um conselho: apesar de ter jogado muito no PS2 a série Tenkaichi, aconselho você a treinar um pouco na seção de “Treinamento de Batalha” para entender como funcionam as mecânicas de defesa.
Elas são simples, mas exigem um bom timing na hora de apertar um botão de ação, como, por exemplo, apertar o botão R1 no momento de receber um golpe para desviar e aparecer atrás do inimigo. E mesmo que você acerte esse tempo, o adversário também pode realizar essa ação novamente, então os reflexos têm que estar em dia.
Uma adição que gostei foi a dos desvios de golpes semi-automáticos, onde devemos apertar o botão CÍRCULO (Controle PS) no momento exato, e com isso o personagem começa a desviar dos golpes e ainda solta uma risadinha sarcástica.
Apesar de ser uma mecânica simples, torna as lutas um pouco mais imersivas. Os eventos de QUICK TIME estão de volta, mas de forma mais natural e não tão repetitiva quanto nos jogos anteriores – apesar de eu gostar. Em alguns momentos, será necessário acertar os botões de ação na ordem correta ou apertar o botão QUADRADO repetidamente naqueles momentos de troca de socos frenética entre os lutadores. Sobre os golpes especiais, estão mais bonitos do que nunca.
Durante as batalhas, dependendo do personagem, temos diferentes move sets que podem ser ativados com o R2 + botões de ação que aparecem no canto da tela. Mas, para isso, será necessário ter uma certa quantidade de KI e nível. Além disso, o jogo permite outros movimentos com os botões direcionais. Exemplo: com o personagem GOKU, é possível pedir energia (GENKI DAMA) durante as batalhas.
Ainda falando sobre as lutas, a Spike Chunsoft, desenvolvedora do jogo, não economizou na dificuldade. Dependendo do seu nível, as batalhas podem se tornar bem desafiadoras, obrigando você a superar seus limites como jogador – o que acho maravilhoso para a jogatina. Sobre os personagens, foram anunciados mais de 180 lutadores. Obviamente, isso se deve às variações do mesmo personagem, que pode ter até 10 versões diferentes.
Como o título não é focado no competitivo, prepare-se para batalhas desbalanceadas, já que a disparidade entre os poderes é basicamente a mesma do anime. Uma adição legal é o modo multiplayer online, em que podemos enfrentar outros jogadores de acordo com o ranking no jogo.
Modo História Dragon Ball: Sparking! Zero:
O jogo contém diversos modos, e o mais importante é o modo história, no qual podemos reviver os momentos clássicos da franquia Dragon Ball. Podemos escolher um personagem e vivenciar sua jornada e participações dentro da trama. Em minha primeira jornada, escolhi o SON GOKU e, com isso, lutei apenas em momentos-chave (de acordo com o anime) durante as sagas.
Isso torna o gameplay bem interessante, já que cada personagem faz parte de um arco e tem sua importância. Em cada luta concluída, você ganha XP e moedas do jogo para desbloquear itens e cosméticos. A apresentação da trama é simples e funcional, misturando cenas animadas com estáticas após cada confronto. Apesar disso, é uma ótima forma de recontar as narrativas construídas em Dragon Ball.
Trilha Sonora Dragon Ball: Sparking! Zero:
Sobre a trilha sonora, depende muito se você comprou o pack de músicas do anime, já que a trilha original do game é muito genérica, assim como nos jogos anteriores. Nesse sentido, a Bandai Namco errou feio em cobrar mais de R$160,00 em duas expansões musicais para que o jogador tenha uma experiência completa, e isso acaba tirando um pouco do brilho. É uma pena que a trilha sonora original não esteja disponível para todos os jogadores ou com a possibilidade de ser desbloqueada através das moedas in game.

Veredito
Resumo
Dragon Ball: Sparking! Zero é uma grata surpresa para os fãs mais antigos. O título não se apoia apenas em sua nostalgia, mas traz novidades interessantes que tornam o gameplay desafiador e imersivo. Se você é fã de longa data, já sabe o que esperar do game, e ele não decepciona. Se você é um novato na franquia, Sparking! Zero é uma ótima porta de entrada.Com combates divertidos e desafiadores, o novo jogo da franquia leva uma nota de recomendação de 8 planetas Nerds.
- Planetas encontrados8
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