Olá pessoal! Tudo bem com vocês?
Hoje para fechar o nosso especial sobre a trilogia Street of Rage, irei falar sobre a terceira e ultima versão do game ( até o maravilhoso anúncio de SOR4!) que divide opiniões: alguns o consideram o melhor da franquia, enquanto outros acham que comparado ao Street of Rage 2 ele é muito inferior.
Street of Rage 3 (Bare Knuckle 3 na versão japonesa) foi lançado em 1994 para Mega Drive. Neste game podemos escolher entre 4 personagens: Axel, Blaze, Skate que retornam de SOR2 e o novato Zan, um velho ciborgue que é bem lento, mas muito forte e tem um papel fundamental na historia do game.
Além disso, temos 3 (2 na versão americana) personagens secretos:
Ash: Esse personagem que parece o Pit-bicha é exclusivo da versão japonesa. Ele provavelmente é o primeiro personagem gay da historia dos videogames, aparece como subchefe na primeira fase e pode através de macetes ser selecionado. Na versão americana Ash foi retirado, provavelmente por causa da censura, pois acharam que pelo fato do personagem ser muito estereotipado poderia ofender a família tradicional americana e até grupos LBGT.
Shiva: Lembram-se do penúltimo chefe de SOR2 que era braço direito do Mr. X? Ele voltou e pode ser selecionado! Inicialmente Shiva aparece como chefe da primeira fase, mas com um macete você pode jogar com ele.
Roo (Victy na versão japonesa) Ele é um canguru (Oi?) que luta boxe e aparece como subchefe na fase 2, também selecionado através de macetes.
A historia do game também possui diferenças entre a versão japonesa e americana: na japonesa, o enredo gira em torno de um explosivo chamado Laxine que foi criado pelo Dr. Gilbert (que é a verdadeira identidade do Zan) e foi usado na criação de uma bomba nuclear que explodiu em uma cidade matando muitas pessoas e um general do exercito chamado Ivan Petrov que conhecia os segredos da bomba que foi sequestrado. Durante o jogo é descoberto que existem outras bombas Laxine que estão em posse do Mr. X (que agora é apenas um cérebro dentro um laboratório) e pretende usa-las para iniciar um guerra global.
Na versão americana foi retirado o plot da bomba Laxine e a historia gira em torno de um esquema do Sindicato para substituir as pessoas com cargos importantes por robôs e controlar a cidade e consequentemente o mundo.
Nos aspectos técnicos, os gráficos não têm muitas diferenças em relação a SOR2, os sprites dos personagens estão menores e alguns foram reaproveitados do game anterior (inclusive uma fase inteira), porem os novos cenários estão bem detalhados e possuem alguns efeitos bem interessantes (mas ainda sim os cenários de SOR2 eram mais variados).
A jogabilidade foi o ponto forte de SOR3: a movimentação está mais ágil e os personagens receberam muitos novos movimentos aproveitando o lançamento do controle de seis botões do Mega Drive. Agora todos os personagem podem correr (algo que era exclusividade do Skate no game anterior) e dependendo do desempenho do jogador é possível ganhar upgrades nos ataques: quantos mais oponentes forem derrotados sem perder nenhuma vida você vai acumulando estrelas que chegam num total de 3 que aumentam o força e a velocidade do ataque executado com o comando “dois pra frente ou dois pra trás + botão de soco”. As armas que podem ser pegas durantes as fases podem ser usadas para executar movimentos especiais, como Axel que executada um “shoryuken” ao utilizar a espada. A inteligência artificial dos inimigos também foi muito aumentada, pois eles pegam as armas que estão no chão, te cercam quando estão em bando e até mesmo pegam os itens de recuperar energia que estão no chão (quando isso acontece dá vontade de jogar o controle pela janela…).
Outra novidade interessante nesse game, que existia no primeiro e foi retirado no segundo, são as armadilha do cenário, como tambores que caem, laser que querem eletrocuta-lo e buracos, um desafio a mais que devemos tomar cuidado além de ficar socando os inimigos.
Algo curioso é que a versão americana é mais difícil que a versão japonesa: Podemos dizer que a dificuldade “normal” da americana equivale ao “hard” da japonesa e se jogarmos a americana no easy o jogo acaba na quinta fase (são sete no total) e não tem final! Para apreciação melhor do jogo sem passar muita raiva recomendo jogar a versão japonesa, os mais hardcores que se aventurem na versão americana, pois terão um desafio elevado pela frente.
Agora falando em relação ao som, esse é o ponto que fez SOR3 ser tão desprezado por muitos! Mesmo tendo a assinatura de Yuzo Koshiro, que fez um trabalho sensacional nos dois games anteriores, desta vez o cara não foi bem: ele trocou o Techno Rock pelo estilo Hard Techno (que estava na moda na discotecas japonesas na época) e o resultado foram músicas muito esquisitas que em algumas fases chegam a ser irritantes te dando vontade de colocar a televisão no mute! Até mesmo os efeitos sonoros e as vozes ficaram estranhas, não tendo aquela nitidez do game anterior! Na época chegaram a acusar a Sega dizendo que era impossível que a trilha sonora de SOR3 tivesse sido feita pelo mesmo artista de SOR2! Mas, sabe como é né? Até o gênios erram, e Koshiro errou feio, errou rude nessa!
Curiosidades
A versão japonesa e americana, além da historia e da exclusão do personagem Ash, tem muitas diferenças. Citarei as mais significativas:
-Na versão japonesa, Axel veste camiseta branca e jeans tradicional azul. Na americana, camiseta amarela e jeans preto. Ficou muito estranho! Parece que ele tá usando a roupa do Adam do SOR1! Hahaha!
-Blaze usa sua tradicional roupa vermelha na versão japonesa. Na americana, colocaram uma roupa cinza. Também não gostei! O nome da Blaze traduzido significa labareda, como é algo relacionado a fogo nada mais simbólico do que sua roupa ser vermelha, né?
-Na versão americana o Skate veste camisa vermelha, luvas, boné e patins azuis, na japa ele se chama Sammy e veste camisa amarela, luvas, boné e patins vermelhos. Gosto mais das cores da versão japonesa.
-Na tela de abertura da versão japonesa tem uma animação bem legal do Axel amarrando sua faixa na cabeça e socando a tela, quebrando-a, na versão americana essa animação foi retirada.
-As roupas de todas as personagens femininas foram alteradas para ficaram menos sensuais.
-No final verdadeiro do jogo, na imagem em que mostra a Blaze sentada na cadeira de praia, seu biquíni foi aumentado na versão americana.
Adam de SOR1 e Max de SOR2 apesar de não serem personagens jogáveis aparecem no final verdadeiro do game.
Lembram-se daquelas duas clones da Blaze que você enfrentava em SOR1? Em SOR3 elas retornam, não são mais meras clones da moça e agora tem nomes: Mona e Liza na versão americana e Yasha e Orihime na versão japonesa.
5 dicas para arrastar a cara dos inimigos no chão pela terceira vez!
Para jogar com Ash na versão japonesa quando derrota-lo segure o botão A até a próxima tela da fase começar. Quando perde todas as vidas e usar um continue ele aparecerá para ser selecionado.
Para jogar com Roo (Victy) existem dois métodos:
Método 1: Vença o palhaço na fase 2 sem matar o Roo. Quando perde todas as vidas e usar um continue ele aparecerá para ser selecionado.
Método 2: Na tela de título, segure Direcional pra cima + B no controle 1 e aperte Start. Roo pode ser escolhido na tela de seleção de personagens.
Para jogar com Shiva ao derrota-lo na primeira fase, aperte e segure o botão B(tem que ser apertado quando Shiva começar a gritar) até começar a próxima fase. Shiva pode ser selecionado no Continue.
Na parte em que você é perseguido pelo trator fique quebrando os muros e sempre que perceber que o trator está chegando perto para te atacar vire e de socos para afasta-lo.
Para ver o final verdadeiro é necessário salvar o general (ou chefe de policia) na fase 6. Para salva-lo você precisa desativar os dois interruptores para liberta-lo antes da bomba de gás explodir e mata-lo. Quando enfrentar o chefe Ned-X na fase 7 derrote-o antes do tempo acabar.
Então é isso pessoal! Espero que tenham gostado do nosso especial sobre Street of Rage e agora é esperar o quarto jogo da franquia que vem por aí e promete ser divertido e nostálgico!
Até mais!!
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