Veja nossas impressões de The Legend of Zelda: Breath of the Wild - The Master Trials!
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Ao anunciar o Expansion Pass para The Legend of Zelda: Breath of the Wild, a Nintendo acabou criando mais dúvidas e preocupação do que entusiasmo, especialmente por ter anunciado o DLC antes do lançamento do jogo, o que fez com que muitos acusassem a empresa de estar “cortando conteúdo do jogo, vendendo-o incompleto naquele momento apenas para faturar mais vendendo o resto do jogo depois.”

O fato de que os itens iniciais que o jogador receberia ao adquirir o Expansion Pass eram apenas uma camiseta do Nintendo Switch para Link e dois baús com itens não muito incríveis (uma espada e uma joia que você encontra aos montes pelo jogo) não ajudava e, para piorar, o valor de defesa da camiseta era baixo e o jogador não poderia melhorá-la fazendo upgrades nela.

Para complicar ainda mais, a Nintendo nos informou de que não seria possível fazer a compra dos DLCs em separado. Quem quisesse adquirir as duas expansões precisaria comprar ambas, no mesmo momento, e nenhuma data de lançamento foi anunciada naquele momento, com a Nintendo dizendo apenas que a primeira parte seria lançada pelo meio do ano e a segunda parte no final.

Seja como for, o primeiro DLC Pack de Breath of the Wild, intitulado The Master Trials, acabou sendo lançado no dia 30 de junho (a metade do ano, como prometido), e ele é a verdadeira primeira parte do Expansion Pass, sendo muito mais interessante do que os dois baús e a camiseta oferecidas anteriormente, e dissipa muito das dúvidas e da apreensão iniciais descritas acima.

Abaixo, vamos analisar The Master Trials, parte por parte.

 

Trial of the Sword

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O Trial of the Sword (Desafio da Espada) talvez seja a parte mais significativa do novo conteúdo oferecido pelo DLC Pack 1, oferecendo um bom número de horas de gameplay devido ao nível de dificuldade da tarefa. O Trial of the Sword é acessado ao recolocarmos a Master Sword em seu pedestal, e ele consiste em uma série de 45 salas individuais cheias de inimigos que devem ser “limpas” individualmente. Ao limpar uma sala, o jogador ganha acesso à próxima. O detalhe que deixa tudo mais difícil é o de que você é despido de todas as suas armaduras, armas e itens, ao entrar no desafio.

É como uma versão mais hardcore da já hardcore Eventide Island. Assim como acontecia na ilha, o jogador precisa investigar cada centímetro das salas para encontrar itens, e ter muito jogo de cintura para destruir os inimigos usando um número mínimo de armas para isso.O jogador retém os poderes concedidos pelas runas no Great Plateau, mas não pode utilizar amiibos e nem os poderes especiais concedidos pelos Champions ao conquistar as Divine Beasts.

O desafio é divido em três partes, e quando o jogador completa uma delas, ele pode salvar seu progresso, sair do desafio e ir fazer outras coisas sem se preocupar, pois ele poderá volta de onde parou. Ao final de cada parte há um boss. Caso o jogador abandone alguma das partes antes de tê-la cumprido, ou morra antes de terminá-la, ele é obrigado a voltar de seu último save.

Mesmo que as primeiras salas sejam relativamente curtas, o jogador terá que fazer algumas tentativas, pois o nível de desafio é elevado (especialmente no Master Mode, do qual falaremos mais abaixo). A cada parte conquistada, o poder da Master Sword sobre 10 pontos. Ao final das três partes, seu valor de ataque fica sendo 60, ou seja, ela fica em seu estado máximo de força todo o tempo, como ficava anteriormente ao enfrentar inimigos que tivessem a essência de Ganon dentro deles (como os Guardians e os bosses das Divine Beasts). Além disso, ela fica muito mais resistente e sua durabilidade aumenta consideravelmente, como podemos ver no vídeo abaixo:

A melhor parte do Trial of the Sword talvez seja o fato de que ele faz com que o jogador volte aos primeiros momentos do jogo, onde ele tem poucos itens, poucas armas e praticamente nenhuma defesa, obrigando-o a ser mais engenhoso e criativo no uso dos poucos recursos e runas que tem para sobreviver. Em todas as situações em que é possível usar o ambiente para destruir um inimigo, é melhor que o jogador o faça, mas ao mesmo tempo, o jogador não pode se dar ao luxo de atirar inimigos dentro de um abismo para se livrar deles, pois com isso ele acaba desperdiçando as armas e demais partes que os inimigos deixam ao serem derrotados.

Em diversas áreas é necessário primeiro avançar lentamente, agachado, sorrateiramente analisando o ambiente, procurando por pontos onde seja vantajoso atrair ou encurralar inimigos antes de fazer com que sua presença seja notada. Até o momento em que o jogador alcança a possibilidade de entrar no desafio da espada (ele precisa de 13 corações para poder retirar a Master Sword do pedestal pela primeira vez, e esses corações precisam ser permanentes, e não aqueles amarelos concedidos por poções ou comida) Link já se tornou uma poderosa máquina de matar, com ótimas armaduras e armas, mas o Trial of the Sword faz com que ele se precise utilizar suas habilidades com mais cuidado e engenhosidade, fazendo com que ele recorde as habilidades que precisou utilizar para chegar aquele ponto do jogo.

O Trial of the Sword, então, oferece um desafio considerável mesmo aos jogadores mais experientes, afiando seus sentidos e encorajando-os a serem mais cuidadosos e estratégicos. Muitas das salas são extremamente bem projetadas, a escassez de recursos e a maneira como o jogador vai aos poucos conquistando mais é muito interessante, e a curva de desafio é muito bem planejada. Para resumir, é um testemunho inegável da maestria da Nintendo em relação ao movimento e combate neste jogo.

 

Master Mode

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Continuando nossa análise de The Master Trials, vamos para o modo de jogo que mais me interessava, particularmente: o Master Mode!

Para começar, o jogador tem que abrir um novo save, completamente separado de seu save do modo normal, para começar o Master Mode, que é o “modo difícil” do jogo. Ao contrário de outros jogos que nos oferecem a opção New Game +, esse é um recomeço do zero, com Link despertando no Shrine of Ressurection e partindo para sua aventura novamente. No canto inferior esquerdo da tela, um pequeno ícone no formato da Triforce é colocado, apenas para lembrar os jogadores de que eles não estão mais no modo normal.

Nesse modo, todos os inimigos do jogo imediatamente “sobem um nível”. Assim sendo, todos os inimigos vermelhos são substituídos por azuis e assim por diante. Para complicar um pouco mais, eles são capazes de ouvir a aproximação do jogador de uma distância muito maior, são mais rápidos, e regeneram energia enquanto não estão sendo atingidos! Isso nos força a ser mais agressivos, ao mesmo tempo sendo obrigados a fazer melhor uso dos comandos e manobras de defesa (cavar oportunidades para desferir flurry attacks é uma obrigação nesse modo).

Além disso, há inimigos em plataformas flutuantes espalhadas por todo o mapa, e alguns inimigos novos em algumas áreas, como o Silver Lynel que perambula pela área próxima à casa do Old Man já no Great Plateau.

Saber utilizar suas armas e seus recursos de ataque se torna ainda mais importante. Se num primeiro momento o jogador pode se sentir compelido a agir como fazia no modo normal (atacar acampamentos inimigos para tomar suas armas e itens), no Master Mode talvez ele precise evitar acampamentos inimigos, ou sorrateiramente assalta-los à noite, enquanto os inimigos dormem.

No Master Mode, os inimigos são mais fortes, precisam de mais golpes para ser destruídos e assim, consomem mais de nossas armas. É melhor acumular armas e se tornar mais poderoso antes de realmente se jogar contra grupos de inimigos, e mesmo assim, é bom usar suas armas e demais recursos de maneira inteligente.

Por exemplo: é interessante fazer uso do cenário para conseguir vantagens nas lutas e poupar suas armas. Em diversas áreas eu coloco montes de lenha espalhados, coloco fogo nelas em seguida e então atraio meus inimigos, que são queimados enquanto apanham, perdendo muito mais energia. Da mesma forma, é interessante guardar suas armas elétricas especificamente para desarmar inimigos, pois eles derrubam suas armas ao serem eletrocutados! Após desarmá-los, pegue as armas deles do chão e então parta para o combate!

Até as Korok Leaves (aquelas folhas que Link pode usar para movimentar a jangada) se tornam mais importantes, pois suas lufadas de vento que elas produzem podem tanto servir para derrubar inimigos de lugares altos quanto para mandar suas bombas até eles sem que você precise se aproximar muito. Diversas vezes usei uma Korok Leaf apenas para tocar uma bomba para mais longe, só para que eu pudesse detoná-la para atrair a atenção dos meus inimigos. Quando eles se afastam de seus acampamentos, passo correndo e pego o que eu quero!

Além dos inimigos mais fortes, há também as já citadas plataformas flutuantes, nas quais inimigos protegem baús com itens (alguns muito bons). É possível que o jogador simplesmente decida evitá-las no início do jogo, mas como elas adicionam um desafio a mais, aconselho a todos que tentem alcançá-las. É possível derrubar os inimigos delas com uma flechada certeira na cabeça, ou até mesmo derrubar a plataforma toda estourando seus balões.

Para aqueles que desejam mais desafio e querem abordar o jogo de maneira diferente, mas como um sobrevivente do que como um guerreiro destruidor, o Master Mode é uma opção ótima. Para quem já terminou o jogo no modo normal, o Master Mode representa recomeçar o jogo do zero, o que pode causar algumas mudanças em seu estilo de jogo.

 

Mascáras, um Medalhão e o ‘Caminho do Herói’

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O DLC Pack 1 também traz novas armaduras, máscaras e algumas outras funções. Em termos de apresentação, sua inclusão acontece de maneira natural, com o jogo dando pistas (em forma de enigmas) encontradas em diários que apontam a direção a seguir para que cada item seja encontrado, o que é meio decepcionante, pois teria sido mais interessante incluir esses itens como prêmios de sidequests verdadeiras, ao invés de simplesmente escondê-los em baús espalhados por áreas que já vistamos anteriormente.

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Acima, o Travel Medallion

Muitos jogadores têm apontado como o Travel Medallion (um medalhão que permite ao jogador criar um ponto de fast travel onde desejar) tem sido útil, principalmente ao criar pontos de fast travel em espaços muito grandes entre Shrines e Towers. Usado em combinação com o modo ‘Hero’s Path‘, que permite ver as áreas do mapa que o jogador visitou nas últimas 200 horas de jogo.

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Hero’s Path: as linhas verdades representam os caminhos por onde o jogador passou!

Além desses itens, há as máscaras e armaduras adicionais, todas com referências nostálgicas a outros jogos da série. Elas oferecem bônus interessantes, mas talvez não para os jogadores que já estão avançados no jogo, pois eles provavelmente terão armaduras com defesa e habilidades melhores que as oferecidas pelos itens dados pelo DLC. As novas armaduras e máscaras são mais interessantes para aqueles que estão começando o jogo agora, em especial no Master Mode.

A Phantom Armor, por exemplo, oferece uma defesa relativamente alta para o início do jogo e tem o bônus de ataque, que torna nossos golpes mais poderosos e poupa nossas armas, que precisam desferir menos golpes para destruir inimigos e até para minerar. A mesma habilidade é oferecida pelo Barbarian Set, mas ele não cai em nossas mãos muito cedo no jogo.

A roupa de Tingle oferece um bônus de velocidade durante a noite (o mesmo que a roupa de Dark Link), muito útil para se caçar estrelas cadentes, e a máscara de Midna oferece resistência contra Guardians (a mesma habilidade que a Guardian Armor e o Diamond Circlet oferecem) . As duas próximas máscaras são, de fato, as mais úteis.

A Korok Mask alerta o jogador da proximidade de Koroks escondidos e encontrar os Koroks e trocar suas sementes com Hestu por espaço extra em seu inventário é fundamental, em especial no Master Mode.

Já a Majora’s Mask acaba se mostrando boa até demais, garantindo ao jogador cobertura completa contra Bokoblins, Moblins e Lizalfos (como faziam as máscaras vendidas por Kilton). Assim, o jogador pode andar despreocupado por entre esses inimigos sem se preocupar com ataques dos mesmos, pois eles não o detectam. É importante lembrar que demais inimigos não humanoides (como Keeses, Chuchus e Octoroks) ainda podem detectá-lo e acabam entregando sua identidade para os demais inimigos. Mesmo assim, a Majora’s Mask pode acabar deixando o jogo fácil demais, até no Master Mode.

Pode ser que esses novos itens levem alguns jogadores a áreas do mapa onde eles não haviam se aventurado antes, mas torno a dizer que eu acredito que eles poderiam ter sido oferecidos como prêmios de novas sidequests de verdade, ao invés de simples enigmas em pedaços de papel, e isso teria dado aos jogadores que já finalizaram o jogo e não têm interesse em jogá-lo no Master Mode um motivo a mais para voltar a Breath of the Wild.

No Master Mode, em especial a Korok Mask, a Phantom Armor (mais no início do jogo, antes de adquirir o Barbarian Set) e a roupa de Tingle (antes de adquirir a roupa de Dark Link, o que pode demorar um pouco) têm sido muito úteis. A Majora´’s Mask, como dito, pode deixar o jogo fácil demais, então vai de cada jogador a decisão de usá-la ou não.

Vale a pena comprar o Expansion Pass agora?

Vai da opinião de cada um, mas eu acho que sim. Jogar o jogo novamente no Master Mode tem sido muito interessante e divertido, e o Trial of the Sword oferece muito desafio e estratégia. As novas armaduras, itens e máscaras são úteis até que encontremos itens melhores (o que vai variar de jogador para jogador), com exceção da Korok Mask, que será útil pelo menos até que o jogador tenha feito todas as expansões em seu inventário ou encontrado todas as 900 Korok Seeds do jogo (eu encontrei 899 no modo normal, quem sabe agora encontro a última).

Muitos jogadores irão argumentar que alguns desses itens e modos já deviam estar disponíveis desde o início, ou no máximo como DLC gratuita, e talvez eles tenham razão. O que a maioria está esperando com certeza virá no segundo DLC Pack, intitulado “The Champions’ Ballad”, que chega no final do ano (dezembro, provavelmente).

Eu estava esperando ansiosamente pelo Master Mode, e não me decepcionei com ele, mas aconselho aos jogadores não utilizar a Majora’s Mask nele, pois ela facilita demais as coisas.

 

Agora é esperar pelo DLC Pack 2:

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Escrito por
Esdras Reis - GN TEAM -

Criador do Galáxia Nerd e GIG streaming. Sou músico apaixonado por games e séries.

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