The Crew 2 tem potencial para ser um rival de peso da franquia Forza Horizon que vem imperando no estilo arcade? Venha conferir nossas primeiras impressões sobre o game.
É importante deixar claro logo de inicio que a sequência de The Crew adotou 100% o gênero arcade. E isso é ruim? Não, até porque foi deixado claro pela Ubisoft que o objetivo era esse, e consequentemente tentar atingir quem procura por diversão descompromissada, por tanto, aqueles que gostam mais de um estilo voltado para simulador devem passar longe.
O grande diferencial deste título com certeza é a possibilidade dada ao jogador de alternar entre veículos terrestres, aquáticos e aéreos na hora desejada. E é bom adiantar que infelizmente este é o único elemento positivo de peso que te aguarda aqui, já que a novidade tenta trazer uma dinâmica especial para o gameplay, porém, é ofuscada por diversos problemas.
Nível de popularidade, o jogador vai subindo de nível conforme os pontos ganhos com suas vitórias e manobras radicais realizadas. Outro sistema presente no game são os das peças de veículos no qual você poderá adquirir jogando, assim como os veículos em si, provavelmente será possível também obter essas coisas por meio de microtransações.
Em questões gráficas e técnicas o título da empresa francesa deixa muito a desejar. Problemas de renderizações são constantes e bastante visíveis, algumas quedas de fps, bastante bugs, há um excesso sem sentido de serrilhados e de texturas estranhas, os ciclos de dia e noite não impressionam devido ao sistema de iluminação que não é detalhado, e o mesmo também serve para a chuva e nevoeiro, algumas regiões do mapa são extremamente vazias sem cidadelas e/ou pontos turísticos, e “NPCs” que ficam circulando pelo mapa parecem ter saído diretamente do Playstation 2, e alguns nem olhos se quer têm, isso tudo acaba colaborando para uma experiência bem estranha e desagradável com o game, dando a impressão de que estamos jogando algo da geração passada de consoles, e isso é inaceitável para os padrões atuais em que temos muitos jogos de corrida belíssimos e mais estáveis.
Agora, o verdadeiro calcanhar de Aquiles de The Crew 2 é a ausência de algo parecido com a mecânica “rewind” presente na franquia Forza Horizon, ela permite ao jogador a possibilidade de voltar brevemente no tempo para corrigir uma batida ou derrapada por exemplo. Imagina você que está em primeiro lugar quase finalizando a corrida e sem querer comete um deslize e perde sua colocação, e terá que reiniciar a corrida até conseguir a posição desejada, não é frustrante? É uma punição sem sentido em um game como este que é totalmente arcade e contém zero de física realista.
Mas o jogo não é 100% online? Então não da para implementar a mecânica de retorno no tempo, não é mesmo? Sim, e isso só deixa tudo mais confuso, porque realmente fica difícil entender qual é o público alvo da Ubisoft com este título, já que não vai agradar os fãs de simuladores, e talvez nem aos fãs de corrida arcade em razão de que os mesmos geralmente não buscam frustrações ou grandes dificuldades. Portanto, The Crew 2 serve pra ficar curtindo as paisagens com amigos e seus veículos irados? Errado, visto que pra isso o game teria que no mínimo estar bonito para os padrões atuais, mas não é o caso aqui.
Geralmente quando a Ubisoft comete grandes erros com um game ela resolve com uma sequência, foi assim com Watch Dogs por exemplo, mas será que no caso de The Crew vamos ter que esperar por um terceiro? É bem provável que sim. O patch de “day one” e atualizações futuras podem ajudar, mas dificilmente irão fazer milagre. Então tudo indica que mais uma vez temos uma ideia de primeira que lamentavelmente tem uma execução de segunda.
The Crew 2 será lançado no dia 29 de junho para PC, Xbox One e PS4.
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