Dirge of Cerberus: Final Fantasy VII é um jogo de ação e RPG em terceira pessoa, sendo o primeiro título de tiro em terceira pessoa da franquia Final Fantasy, e o único desse gênero na série principal, lançado em janeiro de 2006 no Japão, em agosto de 2006 na América do Norte e em novembro de 2006 na Europa e na Austrália. Em 2008, o jogo foi relançado no Japão com as atualizações feitas para as versões ocidentais. A obra foi desenvolvida e publicada pela Square Enix para o PlayStation 2. O título faz parte da Compilation of Final Fantasy VII, uma coleção multimídia que se passa no mesmo universo do jogo original Final Fantasy VII, lançado em 1997.
O jogo foi co-desenvolvido com a Monolith Soft, um estúdio especializado em jogos de RPG. O game possui elementos de RPG, como níveis, experiência, itens, customização de armas e também possui um modo multiplayer online, mas apenas na versão japonesa.
A obra foca em um dos personagens jogáveis de Final Fantasy VII, Vincent Valentine, revelando mais sobre seu passado e contando a história de sua batalha contra uma organização secreta chamada Deepground, que planeja despertar uma criatura chamada Omega, capaz de destruir o Planeta.
Enredo
A história de Dirge of Cerberus: Final Fantasy VII começa com Vincent visitando a cidade de Kalm, onde encontra seus antigos amigos Cloud Strife, Tifa Lockhart e Barret Wallace. Eles estão celebrando o aniversário da queda do meteoro que ameaçava o Planeta três anos atrás. No entanto, a festa é interrompida por um ataque de soldados desconhecidos, que capturam vários civis, incluindo a jovem Shelke Rui, que possui uma habilidade especial de se conectar com a rede mundial. Vincent tenta resgatá-la, mas é impedido por um homem chamado Azul, que se revela como um dos líderes da Deepground. Vincent descobre que a Deepground é uma organização militar clandestina que foi criada pela Shinra Electric Power Company, a antiga empresa que controlava o mundo e explorava a energia vital do Planeta. A Deepground foi selada no subsolo após a queda do meteoro, mas conseguiu escapar e agora busca vingança contra o mundo. Vincent também descobre que a Deepground está atrás dele por causa de seu sangue especial, que contém as células de Chaos, uma das Armas do Planeta.
Vincent decide enfrentar a Deepground e impedir seus planos. Ele conta com a ajuda de Reeve Tuesti, o ex-diretor da Shinra e atual líder da WRO (World Regenesis Organization), uma organização que busca reconstruir o mundo após os desastres causados pela Shinra e pelo meteoro. Reeve também controla remotamente o gato robótico Cait Sith, que auxilia Vincent em algumas missões. Vincent também reencontra Yuffie Kisaragi, uma ninja e ex-membro do grupo rebelde AVALANCHE, que se infiltrou na Deepground para investigar seus segredos. Juntos, eles enfrentam os quatro líderes da Deepground: Azul, o gigante com força sobre-humana; Rosso, a mulher sanguinária com garras afiadas; Shelke, a garota com habilidade de hackear qualquer sistema; e Nero, o irmão mais velho de Shelke, que possui poderes de escuridão e teletransporte. Eles são conhecidos como os Tsviets, uma palavra russa que significa “cor”.
O protagonista descobre que a Deepground pretende usar as pessoas capturadas como sacrifícios para enfraquecer o Planeta e permitir que Omega desperte. Omega é uma Arma do Planeta que tem como função levar toda a energia vital do Planeta para outro lugar quando ele estiver em perigo. No entanto, a Deepground quer usar Omega para levar apenas a sua própria energia vital e deixar o resto do mundo morrer. Vincent também descobre que ele é o portador de Chaos, outra Arma do Planeta que tem como função impedir Omega. Chaos é uma entidade que vive dentro de Vincent desde que ele foi submetido a experimentos pelo cientista louco Hojo, o mesmo que criou Sephiroth, o principal antagonista de Final Fantasy VII. Vincent tem dificuldade em controlar Chaos, mas recebe a ajuda de Lucrecia Crescent, a mãe biológica de Sephiroth e antigo amor de Vincent, que se comunicou com ele através de cristais contendo suas memórias.
Dados Técnicos
A jogabilidade do game em pauta, como já mencionado, mescla elementos deem ação, RPG em terceira pessoa e tiro. O player pode usar armas de fogo, como pistolas, rifles e metralhadoras, para atirar nos inimigos, ou usar ataques corpo a corpo, como chutes e socos, para combater de perto. Também é possível usar itens especiais, como granadas, poções e munições, para auxiliar na batalha. O título possui elementos de RPG, como níveis, experiência, itens e customização de armas. O gamer pode melhorar as armas do protagonista com peças que podem alterar o poder, a precisão, a velocidade e o alcance dos tiros. O jogador também pode equipar materiais que permitem usar magias elementais ou curativas.
A arte gráfica é considerada bela e diferenciada para os padrões do PlayStation 2, apresentando modelos tridimensionais detalhados e realistas para os personagens e os cenários. Dirge of Cerberus: Final Fantasy VII usa técnicas avançadas de iluminação, sombreamento e texturização para criar efeitos visuais impressionantes, como reflexos, fumaça e partículas. O título também possui cenas cinematográficas em computação gráfica de alta qualidade, que contam a história do jogo com ângulos dinâmicos e expressões faciais. A obra possui uma grande variedade de cenários, que vão desde cidades e florestas até bases militares e laboratórios.
A arte sonora é composta por Masashi Hamauzu, que também trabalhou em outros jogos da franquia Final Fantasy, como Final Fantasy X e Final Fantasy XIII. A trilha sonora é marcante e variada, combinando melodias orquestrais e eletrônicas com temas mais sombrios e dramáticos. O jogo usa o sistema Dolby Pro Logic II para criar sons surround que aumentam a imersão e a emoção. O título também possui vários efeitos sonoros que acompanham as ações dos personagens e dos inimigos, como tiros, explosões, gritos e rugidos, contando também com dublagem em inglês e em japonês, com atores renomados como Steve Blum, Kari Wahlgren e Gackt Camui.
Fim da Aventura
Dirge of Cerberus: Final Fantasy VII recebeu uma reação mista da crítica e do público. Alguns elogiaram a história, os personagens e a trilha sonora do jogo, enquanto outros criticaram a jogabilidade, os gráficos e a dublagem da obra, entretanto a questão mais controvérsia do título foi sair de modo integral dos padrões da franquia Final Fantasy. Para uns foi uma grande sacada, para outro um desperdício de tempo, tratando o produto como um 8 ou 80.
O título traz diversão e entrega o que se propõe a fazer, mas peça em quesitos básicos e primordiais para um produção que leva um nome tão pesado. Dirge of Cerberus: Final Fantasy VII é um exclusivo de PlayStation 2, e vendeu cerca de 1,5 milhão de cópias no mundo todo. Caso você amado leitor, tenha uma maneira de conhecer este game (de modo nativo ou em console digital), sugiro que você realize a imersão neste belo Retrô Game.
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