10 melhores JRPG’s no PC em 2024
Estamos no final do mês de Julho, quase começando agosto (que contará com alguns títulos curiosos para o gênero mas fica para a lista definitiva ao final do ano), e decidimos ranquear as melhores pérolas desse gênero que cresce em escopo e interesse do grande público conforme os anos passam. Não citaremos aqui sucessos recentes, como o lançamento de Shin Megami Tensei V: Vengeance (e basicamente um relançamento do jogo base com correções) ou falaremos sobre o hypado Metaphor: RePhantasio.
Será uma lista da nata entre a nata, os melhores representantes do gênero (ou o mais recente capítulo que mescla melhor o equilíbrio entre gameplay e impacto) disponíveis para PC. Importante lembrar que é uma lista pessoal, embora leve em conta certos aspectos técnicos e experiências no geral. winwin4d
Ressalto aqui como JRPG é um termo muito abrangente, não tendo necessariamente a definição como “jogo feito no Japão” mas alguns títulos que quebram ou ampliam essa convenção dentro dos moldes propostos pela ideia do que um JRPG é, consolidada na mente dos milhões de jogadores ao longo dos anos. premier4d Então, sem mais demora, vamos para a nossa lista!
10 – Dragon Quest XI: Echos of an Elusive Age S
Alguns gostam de obras mais lentas. O ritmo da vida adulta exige que muitos de nós tenhamos medo de investir em um JRPG de grande escala e longo prazo. Especialmente se ele se apegar inflexivelmente às tradições de revezamento.
No entanto, para qualquer pessoa com paciência e tempo para restabelecer os dias pacíficos de viagens por paisagens trovejantes em Final Fantasy X, ou explorar todas as histórias paralelas possíveis em Chrono Trigger, este jogo da geração atual é perfeito. Dragon Quest é uma espécie de sustentação no gênero, e o PC foi negligenciado quando se trata desta série firmemente conservadora de fantasia. Mas agora você pode ver do que se trata todo o alarde em cima da série. Mas não se apresse. O resto desses jogos não vai a lugar nenhum e, tal qual Red Dead Redemption 2, Dragon Quest deve ser desbravado com tempo e paciência.
9 – Ni no Kuni II: Revenant Kingdom
Em um minuto você está sendo conduzido ao longo da estrada como presidente de seu país, refletindo sobre seus muitos anos de sabedoria civil, quando de repente, uma bomba nuclear atinge sua carreata e todas as suas partículas se dissolvem nas dimensões, infiltrando-se em um reino de fantasia onde você habita o corpo de uma versão elegante e mais jovem de si mesmo.
Ni No Kuni II começa com um momento isekai [gênero japonês de animes que giram em torno de uma pessoa que é transportada e tem que sobreviver em outro mundo] tradicionalmente estúpido, mas logo toda essa configuração é jogada fora em favor de inaugurar um novo reino. É uma mistura colorida de ingredientes de jogo: com uma parte RPG, parte gerenciamento de cidades, parte RTS (estratégia em tempo real).
A história de Evan, o rei menino com orelhas de gato, é esquecível, no geral, mas o diálogo momento a momento é muito bem localizado, com diversos sotaques trazendo variedade ao povo animal em seu mundo de conto de fadas.
8 – Octopath Traveler 2
Tanto este quanto o primeiro Octopath Traveler são JRPGs modernos igualmente viáveis. O truque é que você não seguirá uma única história, mas sim oito contos menores que eventualmente se aglutinam em uma vertente maior.
Você pode começar o jogo como um ladrão em busca de uma fuga de seu sindicato do crime opressivo e sombrio. Ou como uma dançarina lutadora, mas talentosa, que quer deixar sua cidade natal e se destacar em uma cidade próxima. Ou um clérigo com um toque de Columbo, para descobrir a verdade sobre sua própria igreja.
Em termos de narrativa, há entradas mais cativantes nesta lista, mas em termos de apresentação, mecânica de batalha, lutas contra chefes e cenários, é difícil não recomendar a quem procura um exemplo de grande aparência de revivalismo JRPG.
7 – Tales of Arise
Os jogos da série Tales Of têm o hábito de começar com o pé errado. Muitas vezes. Eles jogam você em seus mundos de fantasia com introduções rápidas e pouco interessantes de seus personagens e geralmente é só depois de algumas horas que você percebe: esse jogo definitivamente não é para mim. Tales Of Arise não é exceção.
Um de seus heróis é uma donzela antiga com uma arma ferroviária, uma pessoa literal e figurativamente espinhosa (ela tem uma maldição hereditária que cobre seu corpo com espinhos). O outro é um amnésico clássico com uma espada e uma maldição própria – ele não pode sentir dor. Ambos são inacessíveis.
E ainda assim… Tales Of Arise é simplesmente a mais bonita e desperta a melhor sensação dessas aventuras de bater primeiro, fazer perguntas depois. Seu mundo é mais interessante de explorar do que o de Tales of Berseria (que seria nossa segunda recomendação dentro de uma mesma franquia), e seu combo de troca de personagens é mais envolvente do que Tales of Vesperia, o que o torna um bom ponto de entrada para qualquer pessoa que deseje a simplicidade de um belo anime.
6 – Sea of Stars
Sea Of Stars é um lembrete agradável de que um amor respeitoso pelas tentativas dentro de um gênero e pode inspirar algo que felizmente se destaca. Esta é uma recriação em pixel art limpa, concisa e bonita de um JRPG da era de Chrono Trigger, com muitos dos problemas do passado removidos cirurgicamente.
Não há grind, por exemplo, nem batalhas aleatórias. É tão sem atrito que até os personagens deslizam graciosamente pelas paredes quando se aproximam demais – um toque simples que fará você perceber o quão desajeitados e travados esses jogos antigos costumavam ser. Este é um JRPG para quem quer se aventurar em uma época mais simples, mas não quer abrir mão dos luxos de qualidade de vida que os jogos modernos oferecem. Inclusive, um dos maiores méritos dos jogos de hoje em dia: qualidade de vida.
5 – Undertale
Um RPG old-school com um estranho de aparência dos Simpsons como protagonista não tem o direito de ser tão comovente. Mas é. Undertale é sobre uma criança humana que cresce em torno de monstros. Alguns podem criticar e reclamar que Undertale não conta como um JRPG, mas isso parece injusto quando você observa quanto amor ele mostra ao gênero. Ele tem uma compreensão profunda do ritmo e tom do JRPG, desde a maneira musicalmente memorável como apresenta seus amigos e inimigos, até seus menus de batalha caprichosos. É denso com piadas.
Há momentos para gargalhadas, sorrisos irônicos, bufar de puro ódio, até de prender a respiração. Cada pequeno conjunto de comédia (até tragicômica) é coberto nas 10 horas ou mais que você levará para passar pela história. Este é um jogo cheio de humor e sentimento, e entende igualmente as fraquezas e a diversão dos jogos JRPG como uma criança entende e perdoa as peculiaridades arrogantes de uma mãe amorosa.
4 – Chrono Trigger
Chrono Trigger é um monstro de influência, o pai de muitas obras posteriores. Pelos padrões de hoje, parece um trabalho familiar – um jogo de batalha (principalmente) baseado em turnos com pixel art rica e um grupo de personagens para salvar o mundo. Mas se o Chrono Trigger olha pelos números, é porque inventou os números.
Ajudou a estabelecer um monte de precedentes adotados hoje por tantos JRPGS (para não mencionar outros gêneros). Tinha histórias ramificadas e vários finais muito antes de se tornar normal. Ele popularizou o recurso NG+ (New Game Plus), concedendo aos jogadores a capacidade de percorrer o jogo novamente com todas as suas estatísticas e poderes sendo transferidos para uma nova jogada. Ele escondeu uma grande quantidade de sua narrativa mais emocionalmente poderosa em missões secundárias e áreas não essenciais. Os jogos modernos geralmente não têm confiança para realizar esse último truque. Mas é uma das razões pelas quais o amor por Chrono Trigger ainda pulsa entre os fãs de JRPG hoje. Para aqueles que exploram todos os cantos e recantos do próprio tempo, parece uma jornada pessoal.
3 – Final Fantasy VII – Remake
Parece uma armadilha mas ainda se classifica como uma dúvida cruel: recomendamos o Final Fantasy VII de 1997 ou o remake significativamente alterado de 2020? Recomendar o primeiro é se ater à sabedoria convencional. Recomendar o último é introduzir uma nova sabedoria convencional com gráficos melhores.
De qualquer forma, vamos perturbar todos os leitores da nossa Galáxia Nerd. Decidi ir com o Remake moderno, pois nos permite tratar de um produto recente que, ainda assim, desenvolve novidades dentro de uma saudosa história.
A narrativa de Cloud Strife e seu grupo de combatentes da liberdade ambientalistas (parece brincadeira mas não é) é provavelmente um dos contos mais bem escritos da história dos videogames. Aqui estamos vendo esse conto adaptado e construído, transformando-se de maneiras às vezes imprevisíveis. A recontagem de uma história há muito esculpida em mármore e gravada no panteão dos JRPG foi arriscada demais.
De muitas maneiras, Final Fantasy VII é uma história sobre perda, e a Square Enix está ameaçando transformar esse balde de tristeza em uma piscina de nostalgia segura e efervescente. Isso por si só faz com que valha a pena acompanhar a modernização contínua do conflito de Cloud. Em 1997, os jogadores foram forçados a processar a perda de um personagem até o ponto de aceitação. Mais de vinte anos depois, estamos tendo a chance de mergulhar de cabeça na negação. Isso pode não fazer sentido agora mas é um alívio tremendo!
2 – Like A Dragon: Infinite Wealth
Com este capítulo da franquia Yakuza, a série não apenas mudou o foco de seu amado protagonista Kiryu Kazuma, mas também mergulhou no mundo da luta em terceira pessoa e nas ondas de batalhas por turnos. Os fãs leais da Yakuza provavelmente vão querer jogar fielmente aquele primeiro desdobramento para se estabelecerem no mundo maluco de Ichiban Kasuga, mas esta sequência com destino ao Havaí é a melhor parcela.
Ele implementa os novos sistemas de RPG na direção certa, suavizando quaisquer dores de crescimento que surgiram na transição do estúdio para o JRPG completo. E não foge do absurdo non-sense pelo qual a série se tornou conhecida. Você pode debuffar os inimigos borrifando-os com perfume. Você pode aumentar o nível de Pokémon legalmente distintos em um jogo paralelo totalmente realizado. Você pode entrar em um aplicativo de namoro. E no meio de toda essa tolice, você se verá se preocupando com ainda mais criminalidades adjacentes, até aliados de moral duvidosa.
1 – Persona 5 Royal
Grande parte de Persona 5 é gasto batendo na manifestação psicológica da luxúria de uma bola desprezível (é, é literalmente o que foi descrito), ou mergulhando em um mundo de trauma subterrâneo para ajudar os cidadãos de uma Tóquio profundamente doente. Mas entre as batalhas por turnos está o verdadeiro coração do jogo.
Você vai à escola, come fast food com seus amigos, vai às compras com aquela garota que você gosta, toma café com seu pai adotivo, vai ver uma cartomante para se divertir, estuda para as provas de final de semestre, desvia do giz jogado por professores impacientes, faz flexões no sótão enquanto um gato falante grita com você… Persona 5 é um feriado feliz em uma realidade ligeiramente distorcida.
Para aqueles que clicam com ele, o jogo pode durar mais de 100 horas (eu, por exemplo, levei 122h para zerar a experiência e me dar por satisfeito), cada dia da vida escolar se acumulando para se tornar um ano inteiro de risadas, invasões de mentes e muitas refeições comidas às pressas. É uma visita nostálgica aos melhores dias da sua vida. Quer você já os tenha vivido, quer esteja descobrindo enquanto vive.
Qual a sua opinião?