Review: Bayonetta

O jogo Bayonetta não chama atenção apenas por causa da sua protagonista, mas também por se tratar de mais uma obra de Hideki Kamiya, um dos maiores designer da indústria dos jogos e mestre no gênero hack-and-slash, Devil May Cry, Okami, Viewtiful Joe e The Wonderful 101 são games onde ele foi diretor e que mostram a sua grande experiência no gênero, ele também é conhecido por outros trabalhos como Resident Evil 2.

O game se passa numa cidade fictícia da Europa chamada de Vigrid. A protagonista que tem o mesmo nome do título, é uma bruxa que acorda sem memória após um sono profundo de 500 anos. Conforme a história vai se desenrolando ela vai tendo flashes que a fazem lembrar quem realmente é, e aos poucos vai descobrindo qual a sua importância para os anjos que a perseguem.

 

Pontos positivos

A protagonista

Sem sombra de dúvida a Bayonetta é um dos elementos que fazem este jogo ser único. É verdade que grande parte de suas ações são feitas com base na sensualidade feminina, até mesmo na sua maneira de andar. Seu corpo “perfeito” de dar inveja a qualquer um faz ela se tornar a protagonista no fetiche de todos que cruzam o seu caminho, porém, com sua personalidade e auto-confiança, o máximo que você vai ter dela é o desprezo, sempre com a melhor disposição possível. Entretanto, ela é muito mais do que apenas roupas reveladoras e insinuações sexuais descaradas. 

Aqui Hideki Kamiya não tentou difamar a imagem da mulher e sim de enaltecer, criando uma personagem feminina extremamente envolvente, poderosa, com personalidade própria, presença e atitude. Tudo é feito com classe e estilo sem que Bayonetta perca jamais a pose. Com certeza ela está no top 5 das listas das personagens mais “girl power” dos games.

Trilha sonora 

Contém uma trilha sonora peculiar que combina bem com a proposta do título e que expressa bem a feminilidade da personagem. Nos primeiros minutos de gameplay vai ser apresentado ao jogador uma música com toque de épico, esse tipo de situação ira se repetir principalmente em combates contra chefes que na grande maioria das vezes nem cabem na tela. Mas o que predomina mesmo são as músicas animadas com toque japonês e com influências do jazz, algumas são até releituras de alguns clássicos desse gênero musical.

Jogabilidade

Outro ponto alto do game com certeza é sua jogabilidade, é realmente excelente. Sempre fluída, ela ajuda o jogo ser o que é, já que ela permite ação ininterrupta ou nas palavras dos desenvolvedores, clímax infinito. Isso se deve pela possibilidade de encaixar combos uns atrás dos outros envolvendo chutes, tiros, golpes com variadas armas e magias. É essencial desviar dos ataques o tempo todo, tanto através de esquivas quanto de pulos ou corridas, e caso a esquiva seja feito no momento certo, será ativada a habilidade witch time que deixará o tempo lento, assim melhorando suas chances de fazer combos perfeitos.

O jogo tem algumas situações pra diversificar a gameplay, como quick time event, o chão ficar inacessível te obrigando a andar pelas paredes, fases que fazem referências a antigos jogos e por aí vai. É tão empolgante por ser tudo tão fluído. Quando você fracassar, tem a certeza que a culpa foi sua e não dos controles ou do jogo, e que basta aprender a forma correta de derrotar os oponentes e ficar sempre atento para sair vencedor.

Direção de arte

A arte do jogo é original e bem trabalhada. Há momentos que a sensação de calma é transmitida por cenários associados ao Paraíso, com folhas e animais voando em planícies douradas. Porém, quando é preciso mostrar a crueldade demoníaca de lugares infernais, o rumo é totalmente outro e coloca o jogador em meio ao caos e a destruição. Este contraste é incrível, assim não deixando o jogo ser monótono nunca em questões visuais. A toda hora haverá algo novo a ser percebido e você a todo momento luta em locais fascinantes.

Todos os personagens tem designs interessantes. Uma peculiaridade na qual vale ressaltar são os anjos que naturalmente você imagina como figuras belas, aqui eles não são exatamente feios, está mais pra “beleza bizarra”, e isso combina bastante com este jogo excêntrico.

 

Cultura Japonesa

Efeitos, personagens e humor absolutamente exagerados é bem característico da cultura japonesa que costuma demonstrar isso por meio de animes, filmes, mangás, músicas e games. Bayonetta é um compilado disso tudo e não tem medo do “ridículo”. O vídeo abaixo mostra um pouco disso:

 

Pontos negativos

Porte mal otimizado

O console da Sony recebeu uma versão que infelizmente não foi feita pela própria Platinum Games, isso acabou gerando inúmeros problemas técnicos para o porte, como carregamentos bem mais demorados, momentos que os controles não respondem como deveriam e queda brusca na taxa de quadros, para você ter noção as demais versões rodam em 60 fps variando, enquanto a de PS3 roda em média 30 fps e as vezes despenca para 14 fps.

 

Dicas e curiosidades
  • Para jogadores que não estão acostumados com o gênero hack-and-slash, é recomendável não jogar no nível normal de dificuldade, porque ele está mais pra difícil do que normal.
  • Na Netflix ainda está disponível um longa animado baseado no jogo chamado de Bayonetta Destino Sangrento, o filme conta história de uma maneira diferente, mas vale a pena conferir para ter uma noção do que te aguarda no game.
  • Quem tem Spotify basta clicar aqui para ouvir a trilha sonora de Bayonetta.
  • Quando terminarem o jogo esperem acabar os créditos, porque serão recompensados com uma cutscene especial e com o desbloqueio de uma galeria na qual contém imagens, esculturas 3D e informações.
  • No dia 3 de julho de 2017 a própria Platinum Games divulgou através da sua conta japonesa do Twitter uma foto na qual tinha insinuações de que Bayonetta 1 e 2 estariam a caminho do Switch.
  • Este foi um dos jogos que os assinantes Live Gold receberam no mês de agosto de 2017.

Ficha Técnica
  • Desenvolvedora: Platinum Games
  • Distribuidora: SEGA
  • Anos de lançamento: 2009 (Xbox 360/PlayStation 3), 2014 (WiiU), 2017 (PC), 2018 (Switch)
  • Gêneros: Hack-and-slash e ação

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