Com o início da E3 nesse sábado, a EA mostrou alguns de seus títulos planejados para os próximos meses. Um dos títulos mais cercados de polêmica nessas últimas semanas era a versão de FIFA 18 para o Nintendo Switch.
Na ocasião do lançamento do trailer para jogo, ficamos sabendo que essa versão não havia sido construída na Frostbite Engine (a engine usada nas demais versões), que faltariam modos de jogo e que o título talvez estivesse mais para um port do FIFA da geração passada do que para um jogo dessa geração.
Felizmente, esses temores estão se provando infundados. Algumas páginas e canais do YouTube tiveram a oportunidade de jogar FIFA 18 no Switch na feira e tiveram muitas coisas boas para dizer.
A página brasileira TheEnemy disse que o jogo “surpreende”, e que “diferentemente dos jogos para os consoles da Sony e da Microsoft, essa versão é rápida, com velocidade acima da média para os jogos de futebol da atualidade”. Eles também ficaram tão impressionados com o visual do jogo que a primeira pergunta que eles se fizeram foi “como esse portátil consegue um gráfico desses?”
A página concluiu sua análise da seguinte maneira:
Em uma conferência que mostrou e surpreendeu pouco, a melhor revelação ficou mesmo com essa versão de FIFA. O medo de jogar algo pobre visualmente e cheio de adaptações desnecessárias ficou para trás. Ainda que não seja a plataforma principal da franquia, o Switch ganhou um jogo de futebol de qualidade. Ponto para a EA. E para a Nintendo, que ganhou mais um título interessante para 2017.
Quem está curioso pode checar os vídeos abaixo! O primeiro é do canal MeriStation:
E o segundo do canal Gameblog:
O site Eurogamer conversou com o produtor de FIFA 18 para Switch, Andrei Lazaresco, ontem, e a entrevista foi bem interessante. Abaixo, alguns trechos:
Sobre a engine utilizada para o jogo:
Andrei Lazaresco: Quando nós começamos a analisar a plataforma e perguntamos sobre suas características únicas e o que ela podia fazer, nós decidimos construir uma engine própria pra ele. Sentimos que a experiência que íamos criar seria melhor dessa maneira, considerando o que é único na plataforma.
Sobre a falta do modo Champions:
Andrei Lazaresco: Para o primeiro ano colocamos Draft Mode, desafios de Squad Building, Seasons, Tournaments, desafios do Team of the Week – todos esses estão incluídos. Lembre-se: esse é o primeiro ano que nós vamos introduzir Ultimate Team para os jogadores do Switch. Estamos indo gradualmente. Nós vamos falar mais sobre o Ultimate Team na Gamescom mais para frente esse ano.
Sobre a compra de packs:
Andrei Lazaresco: Sim, da mesma maneira, mas através da Nintendo, obviamente. O aspecto central do Ultimate Team, tudo que você sabe sobre o Ultimate Team foi mantido no Switch. Imagine, por exemplo, em uma empresa aérea que forneça Wi-fi – você poderá se conectar ao Ultimate Team. Claro, talvez você não possa jogar online, mas você poderá conectar para efetuar transferências e gerenciar seu clube.
Sobre as animações e comparações com versões passadas:
Andrei Lazaresco: Sim, se você quiser fazer uma comparação. Mas tudo que você vê foi construído especificamente para essa versão, então eu não a compararia a nada mais, porque não há ponto de referência. Esse é o primeiro jogo que lançamos para o Nintendo Switch. Não é um jogo reduzido. Não é um jogo da geração passada remasterizado. É algo que foi construído inteiramente com esse console em mente.
Sobre os desafios de trazer o jogo para o Swich:
Andrei Lazaresco: Toda vez que você coloca um novo jogo em uma nova plataforma pela primeira vez não é fácil. Há desafios técnicos. Há desafios de design. Aquilo com que terminamos, o que vamos lançar em setembro – o lançamento será simultâneo com todas as outras plataformas – eu não tenho preocupação alguma em dizer que construímos um dos melhores jogos que você poderá jogar no Switch.
Para aqueles que irão dizer que FIFA 18 no Switch não é tão bonito quanto nos outros consoles e tem menos a oferecer:
Andrei Lazaresco: Eu olho para esse jogo como algo que está em um console muito diferente. É uma versão completamente diferente daquela que temos no PS4 e no Xbox One. Essa é uma experiência de FIFA para quem joga em modo portátil.
Sobre a falta de The Journey no Switch:
Andrei Lazaresco: Mesmo que ele não tenha The Journey, ele é a melhor versão portátil de FIFA que nós já fizemos. Ela tem o Ultimate Team, que é nosso modo mais popular. Ele tem o modo Career, e você poderá jogar como gerente e como jogador. Ela tem local seasons, kick off, tournaments, seasons, tudo isso. Quando as pessoas tiverem o jogo em mãos, elas vão se divertir com ele. Com ou sem Journey, ele vem carregado de outras características e modos, e você pode levar tudo com você para fora de casa. Essa é, de longe, a coisa mais importante.
Agora é esperar pra jogar.
Qual a sua opinião?