Review Mario & Luigi: Brothership
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A dupla de irmãos mais marcante do mundo dos jogos está de volta e de uma forma diferente (embora seja parecida com um título recente).
De volta após o lançamento de seu último título nessa franquia paralela ao universo de Mario em 2003 (apesar de ter sido remasterizado em 2017, vamos contar somente o ineditismo de títulos), Mario & Luigi: Brothership é uma exploração nostálgica e criativa das possibilidades dentro desse multiverso do bigodudo mais famoso da Nintendo.
Narrativa fraca mas bem humorada
Embora existam exceções à regra, os jogos da franquia Mario possuem mais “desculpas” que justifiquem a gameplay do que história narrativa propriamente dita. Com base nisso, a história de Mario & Luigi: Brothership carece de profundidade embora tenha seus apelos aqui e acolá, arranhando a superfície de temas mais complexos com a leveza e bom humor característicos da Nintendo.
Na narrativa, os irmãos Mario e Luigi são transportados até a região de Elétria, antes um continente longínquo conectado pela Arbolux (a árvore central que divide a energia essencial daquele mundo), agora um arquipélago de ilhas que possuem suas próprias características culturais, de fauna, flora, desafios e recompensas próprios.
Aproveito esse momento para citar a excelente localização do jogo, um exemplo a ser seguido desde o último lançamento Nintendo, The Legend of Zelda: Echoes of the Wisdom. Na menor das escolhas, como traduzir um simples item de biscoito, ainda há a presença do humor ao manter a essência do nome original (e todos os trocadilhos que tiram boas risadas do jogador).
Por meio de uma ilha-navio, aqui chamada de Ilha Nauta, a dupla se dispõe a reconectar as ilhas enquanto buscam pelos quatro grandes faróis que reconectaria a luz à Elétria e trariam de volta a união do continente. As ilhas oferecem vários recursos e oportunidades ao jogador: de novos itens a serem criados com lojistas especiais (também disponíveis para resgate em missões secundárias) a dungeons com desafios de puzzles lógicos cuja recompensa é entender uma mecânica a ser usada em uma luta de chefe posteriormente.
Com a reconexão das ilhas, o desafio de cada uma é aumentado, visto que novas áreas são disponibilizadas, agora com a magia da Unilux oferecendo novos caminhos ou dispositivos em locais não explorados anteriormente, o que contribui para o fator replay estágio por estágio.
Uma outra característica é a presença de missões secundárias de longa duração como conectar todas as ilhas pequenas dentro de um fluxo marítimo (ou corrente), como localizar todos os formatos de recifes peculiares na região e etc. A cada porcentagem da missão cumprida (ou número de etapas, vide a cada 3, cada 5 e assim sucessivamente) o jogador é recompensado com itens consumíveis de efeito permanente ou peças de equipamento com efeitos especiais.
Mecânicas de Gameplay
No jogo, somos capazes de basicamente três coisas: andar, saltar e bater com o martelo. Ao andar, exploramos cada ambiente e, nos deparando com algum obstáculo, temos a opção de saltar por cima dele.
Caso esse obstáculo seja um oponente, ao saltarmos sobre ele conseguimos iniciar um confronto com a vantagem tanto de dano (afinal, iniciamos no ataque e causaremos uma porção generosa de dano inicial sem esforço) e de ataque, pois a prioridade do ataque é nossa. Porém, certos inimigos possuem espinhos na cabeça que vão além de mero detalhe visual, servindo também como ferramenta contra os saltos de Mario e Luigi.
Pela disposição de itens na imagem acima, sabemos tratar-se de um jogo por turnos, como os tradicionais JRPG’s que marcaram a geração SNES. O que vem de forma a agregar mais valor ao combate é outra característica dessa linha de jogos Mario e Luigi: ao apertar o botão designado para cada irmão (A para Mario e B para Luigi) no momento certo, recebemos uma classificação entre OK e Excelente que aumenta ou reduz o dano bônus de cada ação.
Conforme os personagens sobem de nível, cada um vai acumulando status de acordo com o estilo de gameplay que representam: Mario com seu maior DPS e ataques diretos, Luigi como tanque com habilidades de grupo. A cada 7 níveis podemos escolher uma entre algumas vantagens de uma pequena árvore de habilidades, que altera de maneira pouco significativa a gameplay mas possibilita ao jogador moldar mais cada personagem dentro da sua abordagem.
Conclusão
Ancorado em boas referências com trocadilhos ou elementos visuais que remetam constantemente à energia elétrica, equipamentos eletrônicos e métaforas sobre conexões, Mario & Luigi: Brothership é um prato cheio para fãs do gênero RPG e um banquete para aqueles com apreço à dupla de encanadores da Nintendo.
Seu estilo visual encanta, sua narrativa é contada de forma leve e com uma cadência boa, a jogabilidade é bem equilibrada de forma a compensar tanto a exploração quanto os encontros com criaturas, sem a necessidade de um grinding por parte dos jogadores. Realizar todo confronto dentro de cada ilha costuma ser o suficiente para render a experiência necessária afim de manter-se em pé de igualdade com o nível dos inimigos que chegam.
Mario & Luigi: Brothership está disponível hoje nos consoles Nintendo Switch, na loja Nintendo e versões físicas na Amazon.
Mario & Luigi Brothership é frescor na fórmula de RPG moderno
Resumo
Os desafios de exploração são divertidos na medida certa, com um ritmo preciso entre descobrir, pensar e batalhar, oferecendo uma gama de dezenas de horas para os jogadores. Essa análise, por exemplo, levou cerca de 46h de jogo e talvez se estenderia por mais algumas não fossem os novos títulos chegando e aguardando análise também.
Prós
Humor na medida certa Gameplay cadenciada Dungeons com desafios divertidos Localização excelente em PT-BR- Mario & Luigi: Brothership10
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