Continuando a série Quadrinhos Nacionais | Um mercado, uma história… (Confira a parte 1)
Confira agora: Grandes produções nacionais que foram adaptadas para a TV.
O Falcão Negro
Em 1954 a TV Tupi São Paulo lançou a série O Falcão Negro, um seriado capa e espada nos moldes do Zorro.
O herói mascarado foi interpretado por dois atores diferentes, Em São Paulo era interpretado por José Parisi e no Rio de Janeiro por Gilberto Martinho (iniciada em 1957).
Falcão Negro
Emissora: TV Tupi (RJ e SP)
Transmissão Original:29 de Janeiro a 25 de Abril de 1964
Temporadas: 1 (26 episódios).
Duração: 30 minutos
Preto e Branco
Em 1958 o personagem ganhou uma revista em quadrinhos pela Editora Garimar e foi desenhada pelos artistas Getulio Delphim, Walter Peixoto, Edmundo Rodrigues, Gutemberg Monteiro e Fernando de Lisboa, Getúlio Delphim também desenharia quadrinhos do Zorro para a Editora Abril na década de 1970, as histórias eram inspiradas na série de televisão da Disney (1957-1959) estrelada por Guy Williams.
Capitão 7
Capitão 7 é um super-herói brasileiro que é oriundo da TV Record (como série de TV) e posteriormente reformulado em gibi. Criado em 1954 na TV Record por Rubem Biáfora e tendo o ator mineiro Ayres Campos (que na época tinha físico de atleta) como protagonista, ficou no ar até 1966 (12 anos). O programa estreou em 24 de setembro de 1954. A princípio, o seriado era realizado ao vivo e depois de um certo tempo gravado.
O número “7” é uma alusão ao canal onde a emissora pode ser sintonizada em São Paulo.
Emissora: TV Tupi.
Transmissão Original: de 6 de outubro de 1954 a 10 de fevereiro de 1964.
Duração: 20-40 minutos.
Temporadas: 10 (??? episódios).
Preto e branco.
Companhias Produtoras: TV Tupi.
O gibi do Capitão 7 teve início em 1959 pela editora Continental/Outubro. Sendo desenhado por Jayme Cortez, Júlio Shimamoto, Getulio Delphim, Juarez Odilon, entre outros artistas. Com roteiros de Helena Fonseca, Hélio Porto e Gedeone Malagola.
Durou cerca de 40 edições, até 1965. A diferença entre a série de TV e a revista em quadrinhos é que, nos quadrinhos, ao contrário da TV que era na época extremamente limitada (não existiam recursos de informática, hoje tão amplamente utilizados), os artistas eram livres para desenhar Capitão 7, por exemplo, voando, levando um veículo que pesa toneladas, enfim, colocando em prática seus super-poderes concedidos pelo alienígena.
Nos anos 80, Ayres Campos criou uma empresa de fantasias de super-heróis para crianças com o nome de “Capitão 7”, em 1983, o personagem chegou a ganhar uma revista promocional produzida por Douglas Galindo, distribuída como brinde na compra das roupas.
Em 2006, a Marisol S.A. lançou na revista Triplik (revista oficial das marcas Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre saindo de forma mensal pela Editora Profashional), novas hqs com o Capitão 7, tendo como roteirista e ilustrador Danyael Lopes. Capitão 7 foi ilustrado inclusive com ajuda de recursos de computação gráfica, diferente das origens em que o processo fora totalmente “artesanal”.
Os direitos autorais do personagem continuam a pertencer aos herdeiros do ator, transferidos aos seus filhos por herança após o seu falecimento em 2003.
Ultima aparição: O personagem ressurgiu (de maneira oficial) nas paginas do mega crossover Alfa – A Primeira Ordem (parte 1 e 2) Com os roteiros de Gian Danton, arte de Marcio Abreu e cores de Vinicius Townsend.
Capitão Estrela
É um seriado clássico brasileiro que mostrava as aventuras do herói Capitão Estrela, usado para promover a empresa de brinquedos.
Emissora: TV Tupi.
Transmissão Original: de 30 de abril de 1959 a 10 de agosto de 1960.
Duração: 30 minutos.
Temporadas: 2 (175 episódios – RJ, 101 episódios – SP).
Preto e branco.
Companhias Produtoras: TV Tupi.
Nas décadas de 50 e 60 a Fábrica de Brinquedos Estrela patrocinava na televisão (Canal 7-Record de S.Paulo) um seriado de aventuras infanto/juvenil protagonizado por um super herói totalmente brasileiro, chamado “Capitão 7“.
Por fazer muito sucesso junto à criançada paulista o Capitão 7 foi levado para os quadrinhos em 1959.
Com isso a Empresa resolveu criar mais um herói para a televisão, agora com seu nome e logotipo no “uniforme”. Pronto! Estava entrando em ação o “Capitão Estrêla“, no Rio de Janeiro (TV TUPI), ao mesmo tempo em que o outro “Capitão” lutava contras os malfeitores em S.Paulo.
Claro que a que a estratégia se repetiu: em 1961 também esse “mocinho” foi parar no gibi (sem sucesso, embora fosse bem na TV).
Ele tinha um parceiro chamado “Menino Brazil” e seu pior inimigo era o maldoso “Gargalhada Sinistra“.
1961, a revista “Fantasia”, editada pela mesma editora Continental do “Capitão 7”, inclusive com os mesmíssimos desenhistas (liderados por Jayme Cortez).
O gibi do “Capitão Estrela” acabou não agradando o público leitor, e sua revista durou apenas oito edições.
Bônus:
Jerônimo, O Herói do Sertão
Novela de sucesso da TV Tupi que conta a trajetória do herói interpretado por Francisco Di Franco.
Emissora: TV Tupi.
Transmissão Original: de 20 de novembro de 1972 a 9 de novembro de 1973.
Duração: 30 minutos.
Temporadas: 1 (255 capítulos).
Cores.
Companhias Produtoras: Rede Tupi.
Jerônimo, o Herói do Sertão foi o nome de uma radionovela brasileira do gênero nordestern (um western ambientado no Nordeste brasileiro). de bastante sucesso e que recebeu adaptações para a televisão, cinema e histórias em quadrinhos.
Em 1957, Jerônimo ganhou uma revista em quadrinhos pela Rio Gráfica Editora escrita por Moysés Weltman e desenhada por artistas como Edmundo Rodrigues e Flavio Colin.
No final da década de 1970, uma nova revista foi publicada pela Bloch Editores, foram publicadas apenas 3 edições em formatinho, novamente desenhada por Rodrigues.
O Vigilante Rodoviário
Emissora: TV Tupi, TV Excelsior, TV Cultura, TV Globo e TV Record.
Transmissão Original: de 20 de dezembro de 1961 a 29 de agosto de 1963.
Duração: 22 minutos.
Temporadas: 1 (36 episódios).
Preto e branco.
Companhias Produtoras: TV Tupi.
O pioneiro seriado brasileiro O Vigilante Rodoviário foi criado, dirigido pelo cineasta Ary Fernandes e como produtor técnico Alfredo Palácios, para TV brasileira exibido na década de 1960 pela Tupi. Ary Fernandes também é o compositor da canção tema de abertura da série, intitulada Canção do Vigilante Rodoviário.
HQ
Ainda na década de 1960, o personagem ganhou uma revista em quadrinhos pela Editora Outubro, a revista era produzida por artistas como Gedeone Malagola (roteiros) e Flavio Colin (desenhos).
Em 2001, o editor e roteirista Roberto Guedes chegou a escrever uma graphic novel do Vigilante Rodoviário para o Studio Elenko, entretanto o projeto não saiu do papel.
Bônus:
Como a arte imita a vida, o ator Carlos Miranda, após a exibição dos episódios, entrou para a Polícia Rodoviária, onde permaneceu por longos anos, reformando como Coronel.
Ainda hoje, apresenta-se vestido à caráter e com o impecável Simca Chambord da época, em eventos relacionados à veículos ou estradas por todo o Brasil.
E você, Lembra-se de mais alguma grande adaptação?
Matéria em parceria com – Universo HQB.
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