Você sabia que o Brasil é o 3º mercado de animes fora do Japão? Sim, a relação dos brasileiros com os animes é bastante intensa ao ponto de, nós mesmos, saudarmos a cultura japonesa produzindo desenhos nos parâmetros de lá.
Brasil e animes: uma paixão antiga
A primeira interação relevante entre os fãs brasileiros e os desenhos do Japão se deu por causa de um sujeito chamado Sérgio Peixoto Silva. No ano de 1986 foi realizada pela Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa) a primeira transmissão pública de anime no Brasil.
Posteriormente em 1988 aconteceu o primeiro evento de Animação Japonesa Brasileira durando cerca de quase um mês constituído por exibição de animes, palestras, exposições de materiais como mangás e miniaturas.
Em 1994 chegou ao Brasil Os Cavaleiros do Zodíaco fazendo com que, pela primeira vez, os animes adentrassem a cultura através de brinquedos, peças para colecionadores e VHS. Esse acontecimento deu espaço para a inserção de outras obras fortalecendo o laço entre os brasileiros e o Japão até hoje.
A quantidade de fãs cresce cada vez mais inclusive entre as personalidades famosas do Brasil. Ana Maria Braga, Zeca Pagodinho e Casimiro são somente alguns dos fãs presentes.
Animes produzidos por brasileiros
No Game, No Life
Yuu Kamiya, cujo nome verdadeiro é Thiago Lucas Furukawa é o responsável por criar No Game, No Life. O autor mora no Japão há muitos anos mas é natural do Brasil, mais precisamente, Uberaba (MG).
A história gira em torno de dois irmãos, Sora e Shiro, que são reclusos talentosos em jogos online. Eles são conhecidos como os lendários jogadores invictos sob o nome de usuário “Blank”. Um dia, eles são desafiados por um deus de outro mundo chamado Tet e acabam sendo transportados para um mundo onde todos os conflitos são resolvidos através de jogos. Neste novo mundo, chamado Disboard, Sora e Shiro devem usar sua habilidade estratégica para vencer jogos complexos e desafiadores, com o objetivo final de derrotar Tet e se tornarem os novos deuses deste mundo.
Magma
O anime é classificado como ação e ficção científica, ambientado em um planeta distante da Terra onde uma civilização avançada domina o uso dos impulsos elétricos do cérebro, despertando o interesse de outros seres por esse poder recém-descoberto.
A história acompanha Rasdael Tatsuya, um adolescente que vive em São Paulo. Sua vida é transformada quando ele conhece Lu-Ha, uma garota desse planeta que visita a Terra em busca de ajuda. Ela apresenta ao mesmo o poder da energia Magma, algo semelhante ao cosmo de Cavaleiros dos Zodíacos.
Rasdael, um garoto nerd de 13 anos, apaixonado por esportes e jogos, não embarca em suas aventuras sozinho. Ele é acompanhado por seus amigos de infância, Will Gabriel e Thiago, junto com seu cachorro Toguro. Esse grupo forma o trio principal da história de Magma, que ainda não tem uma data de lançamento definida, mas está em fase de produção.
Personagens brasileiros nos animes
Dadá Silva (2022)
Dadá Silva, conhecido como “O Tanque Pesado”, é um craque mundial e membro da Seleção Brasileira de Futebol na trama de Blue Lock. Muitos veem nele uma homenagem a Dadá Maravilha, um dos maiores artilheiros da história do futebol brasileiro.
Dadá, de ascendência afrodescendente, cabelos longos em dreadlocks e olhos escuros, se destaca por sua força física e habilidades excepcionais de salto. Sua personalidade forte e destemida complementa sua imagem no mangá. Além de Dadá, Blue Lock inclui várias referências culturais ao Brasil, solidificando sua posição como uma obra notável na representação de personagens brasileiros no universo dos animes e mangás.
Luffy (1999)
Sim, o protagonista de One Piece é brasileiro! Eiichiro Oda respondeu essa pergunta quando indagado por um fão durante mangá onde ele mesmo responde e tira as dúvidas enviadas pelos fãs em uma determinada seção. A pergunta do fã foi “Se o cenário de One Piece fosse o mundo real, quais seriam as nacionalidades dos nove membros dos Piratas do Chapéu de Palha?”
Bom, vou por o que combina com personalidade de cada um. Luffy (Brasil), Zoro (Japão), Nami (Suécia), Usopp (África), Sanji (França), Chopper (Canadá), Robin (Rússia), Franky (América) e Brook (Áustria)”.
Eiichiro Oda
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